Dante chegou à cozinha ainda com os pensamentos presos aos acontecimentos em Estrasburgo. Viu Angeline lidando com as batatas.
— Estão prontas? Ele perguntou ao aparecer na porta.
— Oh… eu… Angeline se assustou um pouco. — Descasquei, mas não sabia quantas… e nem se devia ou não cortá-las.
— Deixe que eu corto. Não quero vê-la com os dedos retalhados. Ele disse, pegando uma faca do faqueiro.
Aos olhos de Angeline, ele tinha um charme impossível de ignorar. Tudo naquela cozinha o cheiro, a proximidade, o som de sua voz a deixava inquieta; excitada até. Não pôde evitar imaginar-se nos braços dele ali mesmo…
Dante fatiou as batatas com precisão. Pegou uma panela e, ao se virar para ela, a flagrou com os olhos fixos nele antes de desviar o olhar depressa, totalmente desconcertada. As orelhas e as bochechas dela estavam vermelhas.
— Está com febre? Ele perguntou, tocando a testa dela com as costas da mão.
— Não, estou bem… Ela balbuciou. — O que você vai fazer?
— Vamos fritá-las primeir