Margaret ainda relutante, mas sem coragem de contrariar a mãe, desceu as escadas. Verônica a esperava com uma sacola térmica nas mãos os bolinhos.
Pegou-a em silêncio e caminhou devagar até o carro. O motorista já a aguardava. Não havia opção.
No trajeto, olhava pela janela, a mente inquieta.
“Ele já brigou comigo outras vezes, mas sempre acaba voltando depois”, pensou, com um breve sorriso nos lábios.
Respirou fundo quando o carro parou no estacionamento da empresa. Reconheceu o carro de Marco.
Ao entrar no elevador, viu seu reflexo no espelho, beliscou as bochechas para corarem, passou a mão nervosamente pelos cabelos. O perfume de Angeline ainda a envolvia, e isso lhe causou um desconforto estranho, como se estivesse usando a pele de outra pessoa.
Na recepção, aproximou-se do balcão com uma humildade cuidadosamente ensaiada.
— Trouxe algo para o senhor Marco. Disse, estendendo a sacola.
A recepcionista levantou as sobrancelhas ao vê-la tão diferente, vestida e comportando-se da