O jantar seguiu leve, pontuado por risadas. Às vezes, Angeline também ria, mesmo que o coração batesse num ritmo estranho, quase inquieto. Respirou fundo mais de uma vez, tentando disfarçar o desconforto que a tomava.
Os dedos brincavam distraidamente com a borda do guardanapo e, de vez em quando, seus olhos se voltavam para Dante e Sofi. Cada sorriso, cada gesto entre os dois, carregava uma naturalidade e uma intimidade que Angeline tentava compreender, mas, no íntimo, algo a incomodava.
Tentou se concentrar na comida, mas a mente insistia em vagar. Pensou em sua casa, em Marco, e na imagem dele Margaret que não o deixava. Estranhamente, lembrar-se disso não despertou o mesmo incômodo que agora sentia. Este era diferente, mais profundo, mais parecido com uma perda.
Sofi sorria gentil e graciosa, sempre comedida, sem perder a compostura. Diferente de mim, pensou Angeline. Sofi parecia fácil de lidar, moldada àquele ambiente e Dante parecia apreciar isso.
Ele, por sua vez, mantinha-se