O caminho de volta da delegacia foi silencioso. Nenhum deles parecia disposto a quebrar aquele clima pesado que os envolvia. A cabeça de Isabele fervilhava com perguntas sem respostas. Quem teria matado Lucas? E por quê? Ele não era o tipo de pessoa que colecionava inimigos. Pelo menos, não o Lucas que ela conheceu anos atrás. Será que o tempo os afastou tanto a ponto de ela desconhecer sua vida e os problemas que ele poderia ter enfrentado?
Gabriel, por outro lado, estava tomado pelo medo. O peso da acusação sobre Álvaro lhe tirava o sono. Por mais que confiasse no filho, sabia que, na justiça, inocência não bastava—era preciso provar. E com as evidências apontando contra ele, a situação se tornava cada vez mais complicada.
Álvaro, de punhos cerrados, olhava fixamente pela janela do carro. Sentia-se impotente. Logo agora que ele e Isabele pareciam estar encontrando um caminho juntos, essa acusação caía sobre sua cabeça como uma bomba. O que poderia fazer para provar sua inocência?