Até onde um amor de infância pode te fazer ir? Elizabeth Chase sempre achou saber quem ela era, principalmente após alguns anos sem ver seu vizinho e paixão da infância, Jake Hunter, mas havia muitas coisas sobre a vida e sobre o amor que ela ainda não entendia e após um reencontro inesperado com o rapaz, os sentimentos re-afloram. É então que ela percebe sua vida mudar ainda mais devido a um problema, Jake já tinha um alguém. E por fim, surge a dúvida: até onde Liz seria capaz de ir por uma antiga paixão?
Ler mais⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄23de Agosto de 2012⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄
Oi,você sempre disse que gostaria que eu escrevesse um dos meus poemas para você, e minha resposta sempre foi que escreveria um dia. Julgo que esse dia é hoje.Queria revelar essa é a primeira vez que sinto tanta dificuldade em escrever algo, não porquê não sei o que dizer, mas, porque eu tenho tanto a dizer que uma folha de papel parece pouco, porém várias folhas de papel talvez te entendiassem, darei o meu melhor por nós.Não tenho memórias suficientemente vividas da primeira vez que nos vimos, mas me sobram memórias realistas de momentos felizes e gratificantes ao seu lado. Você estava lá quando perdi meu primeiro dente de leite, quando caí da bicicleta a primeira, a segunda, a terceira vez e tantas vezes mais que isso aconteceu. Estava lá no meu primeiro dia de aula e segurou minha mão todas às vezes que senti medo dos trovões.Fiz tantas descobertas ao seu lado e superei tantos medos.Eu sei que o sentimento juvenil é diminuído e menosprezado por vezes pelos adultos acreditarem que teremos muitas experiências ainda pela frente, mas eu gostaria de ter elas ao seu lado e não mais apenas como sua amiga. Eu sinto que gosto realmente de você e que estou descobrindo o que é a paixão com a convivência ao seu lado. Então peço que não menospreze meus sentimentos.Se quiser, podemos ser só amigos, mas podemos ser mais que isso também. O meu coração será seu se você estiver disposto a tornar o seu um só junto ao meu. Irei te enviar essa carta com medo e preocupação, mas confiante de que meu melhor amigo conseguirá me entender como já fez tantas vezes e achar uma solução para nós dois.Irei esperar sua resposta. De sua melhor amiga, Liz ❤️Terminei de colorir de vermelho o coração ao final da carta que escrevi e destaquei o papel de minha agenda o dobrando algumas vezes para por no envelope azul que havia comprado mais cedo.
Meu coração batia forte e agitado. Eu nunca tinha me declarado para ninguém antes, até porque nunca gosteide ninguém até agora.
Minha melhor amiga me incentivou a escrevermeus sentimentos nessa carta e entregar a meu vizinho. A ideia parecia ótima e nos conhecemos há tanto tempo que me sinto segura de fazer isso.
Talvez ele não aceite, isso me causaria muito constrangimento, mas talvez ele aceite… Enão quero perder uma oportunidade pelo medo de falhar.
Respirei fundo e me levantei com a carta em mãos. Caminhei até a casa da frente e bati na porta. Era final do dia, ele já deveria estar em casa a essa hora.
O plano era simples, entregaria a carta, daria um beijo em sua bochecha e iria para casa. Eu não sei como ele irá reagir, por isso evito pensar.
Bati novamente na porta sentindo minhas mãos suarem um pouco enquanto borboletas invadiam meu estômago. Logo um rapaz mais alto que eu de pele bronzeada abriu a porta e me mirou com seus olhos dourados.
– OiHenry. – Sorrinervosa. – OJake está? Preciso entregar algo a ele…
– OiLiz. Ele acabou de sair com mãe. Foram fazer a matrícula na escola nova dele e deve demorar.
Senti meu semblante caindo devagar.
– Escolanova?
– É. Ele não te contou? – Neguei. – Supus queele te contava tudo.
– Elenão deve ter tido tempo ainda. – Sorrifraco. – Edeve estar triste com a mudança de escola… Ele não gosta de ter que conhecer pessoas novas.
– Poisé. Masprecisa de algo? Eu posso ajudar?
Olhei o envelope em minhas mãos e imaginei que talvez não ter que fazer esse contato visual com o Jake nos ajudasse, assim não haveria tanta vergonha e constrangimento.
– Podepor isso no travesseiro dele? – Mostreio envelope. – Écoisa nossa…
– Claro. – Elepegou o envelope e sorriu. – Avisoque você apareceu.
– Obrigada, Henry.
– Depoisaparece aqui em casa para jogarmos juntos.
Sorri largo concordando.
– Precisoir. Masaté depois.
– Até, Liz.
Acenei para ele e me virei correndo de volta para minha casa. Sentia o estômago ainda embrulhado, mas um sorriso largo se formou em meu rosto, não consegui o conter. Assim que entrei em casa fechando a porta abracei meu próprio corpo animada com as possibilidades.
"Me deixe sozinho". Foi essa a resposta do Jake, uma resposta num tom cansado e desanimado. Bati novamente mordendo o canto dos meus lábios. — Serei rápida, Jake… Engoli em seco e obtive o silêncio dele. Senti aquele mesmo desânimo dele passando para mim e abaixei a cabeça frustrada. Esperava ao menos conseguir o ver, mas nem tudo é como o…. Cessei o pensamento assim que ouvi o barulho da porta sendo aberta. Dei dois passos para trás e vi Jake surgir em minha frente. Nos olhamos em silêncio antes de eu estender as mãos com a caixa e o papel. — Coloquei o que sinto em palavras para você… Espero que leia… Ele concordou e me deu as costas entrando no quarto
Henry saiu da minha casa após alguns segundos de silêncio. Mas antes de fechar a porta ele disse que falaria com o Jake. Me levantei indo até o banheiro para tentar dar um jeito na minha maquiagem e pude ver meus olhos um pouco vermelhos do choro. Eu detestava nunca conseguir participar de uma discussão sem chorar, isso parecia tão… infantil. Voltei para a sala e ouvi meu celular notificar. Assim que o peguei vi uma enorme mensagem da Rebecca. Respire fundo já me preparando para o que iria vim e comecei a ler sentindo meu corpo voltar a tremer. Olha só, Liz. Eu vou falar sobre isso uma única vez então espero que entenda porque não gosto de repetir. Pare de pintar Emily e eu como pessoas horríveis porque não somos. Você quem está com o namorado dela, lembra disso? Você quem na minha festa passou
Fiquei estática no mesmo lugar e abaixei minha mão lentamente. Eu odiava sempre que Jake e eu brigávamos, mesmo que fosse algo raro. Eu sempre sentia que aquela era a pior briga de todas e não iríamos mais conseguir nos reconciliar. Muito além disso, eu me sentia horrível por levar a situação a esse ponto porque só então percebia as várias formas de ter mudado com as coisas. Mas eu me sentia incontrolável quando estava com raiva. Sentia como se fosse explodir se não falasse o que tinha para falar e acabava falando bobagens.. No fundo, tudo que eu falei não tinha muita importância, eu só queria validar meus argumentos. — Liz… — Henry se aproximou de mim. — O que aconteceu? — Nada. — Neguei de cabeça baixa e passei a mão p
Me olhei no espelho do meu quarto enquanto ajeitava o colar em meu pescoço. Vi pelo reflexo o caderno dado pelo Jake em cima da minha cama. Não entendi bem ainda os motivos dele de insistir tanto para que eu volte a escrever, mas isso reaviva memórias em minha mente. Memórias de quando éramos mais jovens e imaturos. Lembro exatamente do dia que levei a carta até sua casa, a carta da qual nunca tive uma resposta. Mas com certeza o mais difícil para o Jake ter se afastando tão bruscamente de mim após isso. Não que eu esperasse algo diferente. Mas ao menos esperava que ele saísse de minha vida gradualmente. Assim que o semestre letivo se iniciou ele cortou contato de vez e não demorou muito até a Kelly me contar que ele estava namorando. Foi bem desagradável. ⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂25 de dezembro⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂⠁⠁⠂⠄⠄⠂ Cortei com cuidado o morango o pondo por cima da sobremesa e sorri pequeno ao notar ser observada do balcão. — Pare com isso… Sussurrei tentando não dar atenção ao fato do Jake ficar incrivelmente fofo enquanto segurava suas bochechas entre as mãos sorrindo para mim. — Jake? — O olhei tentando me manter seria, mas logo sorri ao ver ele abrir um sorriso enorme. — Você fica sexy fazendo sobremesas. — Quê? — Isso mesmo que ouviu… Você fica tão séria e concentrada. Eu gosto disso. Neguei com a cabeça sorrindo e peguei a travessa com a sobremesaCapítulo 42
Senti minhas mãos tremerem um pouco enquanto via o olhar sério de Jake subir de minhas mãos para o meu rosto. – O que é isso? – É… É só um presente… – Mesmo? – Ele se aproximou de nós dois. – Posso ver, minha linda? Ele estendeu a mão e eu soltei o ar devagar um pouco temerosa passando para ele. Ele abriu a caixa e sorriu de canto olhando para Jasper. – Tá presenteando minha namorada com a aliança de compromisso que ia dar para ela? Engoli em seco ao ouvir ele dizer aquilo. Não pensei que ele saberia. No máximo supus que iria ficar irritado por ser um anel. – Não é com intenções ruins. Mais Capítulos
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