Mundo de ficçãoIniciar sessão|Nolan|
— Quer se juntar a nós? A água está perfeita. — disse minha mãe. Tio Simon entrou já com os braços abertos para abraçar a filha. — Me diz que estava dormindo e Nolan te levou para o quarto dele só para não te acordar. — Syara o abraçou de volta. — Nolan! — Olá tio Simon. — disse, oferecendo um martini que a empregada acabou de trazer. — Só pela recepção maravilhosa, eu vou deixar passar o facto de ter roubado minha pequena de mim. — Muito obrigada.— tocamos as taças, o som deu virada para outro momento. Uma tarde na piscina, nossas mães conversavam sobre alguma coisa que viram na internet. E os nossos pais sobre ações e provavelmente sexo. Pelo sorriso do meu pai. Mas ela, estava se exibindo bem a minha frente. — Está pensando na enfermeirazinha? Nossa! Como o seu nível desceu o mais baixo. — sentada na boia redonda, ela salpicava água para mim. — Já tentou acalmar ela? — Já! Vê não estraga tudo por favor. Deu um trabalhão enorme convencer ela que for melhor não ter vindo. — Tenho certeza que ela só quer o seu dinheiro. De outra forma, não entenderia porque me aguentaria do seu lado o tempo todo. — Nem todos adoram verdinhas que nem certas pessoas Syara. As vezes só suportam por amor. — Amor? Você mete o pau nela sempre que está com vontade de transar, só estão juntos há tipo dois meses e ficam a seis. — Contas essas coisas? — Toda garota conta. Mas fala aí. Gosta mesmo dela? Olhei para a paisagem e a seguir para os nossos pais que estavam animados. Admitir que gostava de transar com ela, parecia ridículo demais para dizer em voz alta. Podia simplesmente dizer que era legal ou que dava para o gasto. Mas preferi não responder. Em vez disso, me levantei e enfiei as mãos no bolso. — Quando pensa em deixar-me em paz? Estou ficando velho para um trisal. — Nunca é demais tentar. Vai dizer que nunca teve sonhos eróticos comigo? — Ela sorriu ao dizer aquilo. Mordi-me no canto inferior direito do lábio, o gosto metálico me fez querer dizer sim a pergunta. Mas antes de responder que me atirasse pro inferno, duas mulheres que provavelmente não sentem calor entraram, vestidas de forma modesta, modesta demais para um tempo de 30º. Minha mãe foi a primeira a se levantar, a seguir a mãe de Syara, ambas cumprimentaram com dois beijos. A mais nova olhava para mim de forma discreta. Provavelmente nunca viu um homem tão sem roupa. — Sabes quem são essas duas? — Perguntei para Syara. Levantou os óculos de sol e olhou para as duas. — Já vi ela no culto da igreja. Minha avó costumava nos deixar juntas brincando. — ela fez aspas com os dedos. — Me surpreende ainda estar viva. E o que fazem aqui? De certeza que não é para uma tarde na piscina em família. — Espero bem que não. Caso contrário, evaporava a água de propósito. Caminhei até onde elas estavam, parei atrás da minha mãe até ela notar a minha presença e nos apresentar. — Filho! Cadê as boas maneiras? — minha mãe sussurrou no meu ouvido. — Você esqueceu a camisa. Elas são irmãs da igreja da tia Adriana, não deveriam ver-nos vestidos tão despidos.— Olhou para o meu peito. Olhei para mim mesmo e revirei os olhos. — Uns bíceps não vão lhes deixar longe do céu. — Murmurei. A jovem de olhos azuis sorriu — provavelmente ouvira o que eu dissera, ao contrário da mãe. — Olá! Sou Nolan. Seja bem-vinda. — Estendi a mão, e ela fez o mesmo, embora continuasse em silêncio. Minha tia Adriana tratou de intervir: — Nolan, querido! Esta é a Blue, filha da minha… — ela fez uma pausa, procurando a palavra certa — …prima distante. — Concluiu, satisfeita com a escolha. — Então é minha prima também — comentei. — Não — corrigiu minha mãe, pousando a mão no meu ombro, como sempre fazia quando queria me ensinar algo. — Ela é a tua pretendente. Olhei para trás, apenas para ter certeza de que Syara não ouvira nada. Ainda estava na piscina, desfrutando do sol escaldante da tarde. Só então me senti pronto para reagir. Pedi licença e puxei minha mãe para um canto. — Que história é essa? Do que a senhora está falando? — Ontem, quando você chegou, falamos sobre isso. Lembra? As palavras ecoaram na minha cabeça. E ela ainda fez o favor de repetir: — “Desde que tenha uma entrada quente e menstrue todos os meses do ano, para mim está ótimo.” Então, ótimo. — Sorriu. Linda e ironicamente. Merda! E agora? Eu tinha presumido que estavam a falar sobre casarmos um com o outro e continuarmos assim — só nós dois. Não em expandir essa porcaria toda. — Não achei que fossem pegar estranhos para se juntar a nós. Por que não falaram comigo antes? — Mas eu falei, filho. Você disse que estava liberada. — Eu mereço, viu… — passei a mão pela barba, em desespero. — Já pensou no que a Syara vai pensar? A senhora sabe o quanto somos ligados. — Você mesmo disse que estava na hora de ter sua própria família. E quanto à Syara… Blue foi uma ótima escolha para que ela não fique com ciúmes. Ninguém melhor do que a própria família, não é uma boa ideia? Vi minha mãe se afastar e se juntar a elas. Isso vai dar merda. E agora? Durante o almoço, estávamos todos sentados à mesa. Syara ficava entre os pais, e eu ao lado da minha mãe. Os pés dela roçavam nos meus por baixo da mesa; peguei um deles e comecei a massageá-lo discretamente. Ela sorria enquanto conversava com o pai sobre a universidade. Minha mãe e Blue falavam sobre cozinha, e eu… distraído com os pés macios de Syara, imaginava o sabor deles na minha boca. — Filho! No que está pensando? — Se isso é realmente uma boa ideia. Poderia cancelar esse compromisso? Acredite em mim, não é boa ideia. — murmurei baixo. — Calma. Não precisamos anunciar agora. Podemos dar um tempo, e assim vocês se conhecem melhor. Fiquem um pouco mais, depois decidem. — Ela beijou minha cabeça. Assenti. Depois do almoço, minha mãe pediu que eu mostrasse a casa para Blue. Syara estava no meu quarto, tomando banho. Enquanto caminhávamos, Blue jogava algumas mechas de cabelo para trás. — Quer uma presilha? Acho que seu cabelo está te incomodando. Ela sorriu. E aquele sorriso… era lindo. Então, o que estivesse por baixo do vestido provavelmente também seria. — Não costumo prender o cabelo, mas obrigada por oferece. — É algum charme feminino? — É pode dizer-se que sim. No que trabalhas? — Achei que já tivesse visto todo meu histórico. Não? Ela sorriu e olhou para mim. — Parte dele. Mas eu quero saber de você. Como é sua vida na cidade? Antes que respondesse, Syara apareceu vestindo uma camisa minha. Os mamilos marcavam, e podia apostar que por baixo dela não tinha nada. — Terminou? — Ela tirou uma maçã e deu uma mordida. — Sobre o que estão falando? Ela quis responder. Mas eu fui mais rápido. Deus me livre ela entender mal. — Sobre como a cidade é linda. Porque você está desse jeito? Vai ficar gripada.— Coloquei o meu casaco nela. — Vamos subir agora. — Nolan— Blue chamou por mim. — Onde você vai? — Volte para mesa, daqui a pouco voltamos. — Subimos a escada. — Desde quando são tão íntimos? Não acabaram de conhecer-se.






