Aquelas palavras ainda ecoam na minha cabeça. Ele conseguiu me despedaçar sem muito esforço. Gritou na cara do seu pai que sempre a desejou como mulher. Nesse instante todos os momentos que tivemos os três me lembrei deles, a interação, o carinho dele por ela, as brincadeiras de mal gosto e a liberdade que ela tem sobre a vida e a casa dele. Achava eu que era coisa de amigos de infância… irmãos. Mas não podia estar mais enganada.
—Naila! — A voz de sua mãe tirou-me do emaranhado de pensamentos que estava. O quarto escuro pelas cortinas pesadas que cobrem as janelas. De certeza que o dia lá fora está bastante lindo. Mas o meu coração aperta como se quisesse que o mundo também sentisse e se encarregasse da minha dor.
—Você precisa sair desse quarto.— ela disse, mais baixo. Como se não quisesse me quebrar de vez. Mas eu já estava quebrada. Aos cacos no chão. E precisava de alguém para os recolher.
Abanei a cabeça. Ainda sem força para dizer alguma palavra, sem força para fazer sequ