OLIVIA
Eu estava ocupada com as crianças quando a segurança me informou que eu tinha uma visita. Isso me deixou curiosa, porque eu conhecia algumas pessoas que costumasse me visitar em casa. As pessoas que iam à minha casa eu conhecia e podia contá-las nos dedos de uma mão. Fui verificar e quase tive um treco quando vi quem era.
— Olá, Olivia.
Lupita. A mesma pessoa que, uma semana antes, tinha me ignorado como se não me visse. O que ela estava fazendo ali?
— Posso entrar?
Eu saí do transe e me afastei para que ela entrasse.
Fiquei ali parada, observando enquanto ela caminhava até a sala, até que desapareceu do meu campo de visão. Eu não sabia o que pensar nem como me sentir. Ela me ignorara, como se eu não existisse. Sim, ela pedira tempo, mas eu não achava que isso significasse que nós nos ignoraríamos na rua.
Ela e eu tínhamos vindo de muito longe e já tínhamos ido ao inferno e voltado juntas. Eu entendi quando ela me contou os problemas dela e lhe dei o tempo de que precisava. Mas