Eu queria acreditar nele. Queria acreditar que aquele pesadelo ia acabar logo, que minha família ficaria segura de novo. E, naquele momento, me permiti ter esperança por apenas um segundo. Porque, se eu não tivesse esperança, o que mais me restaria?
Olhei para Samuel, encolhido no sofá, o corpinho tremendo enquanto agarrava o cobertor como se fosse a única coisa que o mantinha preso a esse mundo. Meu coração apertou com aquela cena. Ele era só uma criança! Ele não deveria carregar um peso desses. Senti o peso da situação se instalar no meu peito como uma pedra, me sufocando. Por que aquilo estava acontecendo com a gente?
Marcus recebeu uma ligação do portão, e seu semblante endureceu enquanto ouvia por alguns segundos antes de sair, me deixando sozinha com meus pensamentos. Minha cabeça não parava. Eu não podia continuar fingindo que tudo ia melhorar por mágica. Só ia piorar até que a gente parasse de se esconder e encarasse isso de frente. E então, o pensamento do qual eu não consegui