9 - Meias Verdades
A porta principal da mansão se abriu com o rangido suave que Vinícius conhecia desde a infância — mas nada naquele ambiente lhe pareceu familiar quando ele deu o primeiro passo para dentro.

O silêncio da entrada era denso, expectante.

Henrique fechou a porta após Vinícius entrar e caminhava um passo atrás, discreto como sempre, mas atento. Ainda assim, foi Vinícius quem desacelerou, sentindo o peso dos olhos que o aguardavam na sala.

Quando entrou, todos estavam lá.

Todos.

Clara foi a primeira a se levantar. Os olhos grandes, tensos, encontraram os dele com um misto de alívio e pânico. As mãos unidas no colo estavam apertadas demais, como se tentassem impedir o próprio tremor.

Leonardo estava ao fundo, o maxilar travado, ombros enrijecidos, as mãos enfiadas nos bolsos como se escondessem um perigo prestes a romper.

Suzana exibia seu sorriso calculado de sempre. Postura impecável. Olhar afiado. Como se cada microexpressão de Vinícius fosse uma página de um livro que ela sa
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