Clara sentou-se na beirada da cama, os nervos à flor da pele após a conversa com Leonardo. As palavras dele ainda ecoavam em sua mente, e o medo de que sua vida estivesse prestes a desmoronar crescia a cada segundo.
Ela mal teve tempo de processar as ameaças quando ouviu o som da porta se abrindo lentamente. Seu coração disparou. Vinícius entrou no quarto, sua expressão serena, mas com os olhos afiados.
— Clara, precisamos conversar — disse ele, com uma voz calma, mas carregada de curiosidade e desconfiança.
Clara sentiu o peito apertar. O confronto que ela tanto temia estava se aproximando.
— Eu trabalho como aeromoça — disse, tentando sorrir levemente. — Foi assim que nos encontramos naquele voo para Valença.
Vinícius franziu o cenho.
— Lembro da viagem... — disse ele, devagar. — Mas não sabia que você era aeromoça.
Clara assentiu, esforçando-se para manter a compostura.
— Sim, eu estava trabalhando no voo. Você pediu meu telefone na volta. Foi aí que começamos a nos ver.
Vinícius f