Já haviam se passado alguns dias desde a ligação de Henrique — dias em que Vinícius tentou se recuperar fisicamente enquanto sua mente permanecia em turbulência.
A notícia de que uma mulher afirmava ser sua esposa continuava queimando como uma fagulha incômoda na parte de trás da mente.
Agora, sentado na beira da cama na casa simples de Júlia, ele sabia que o tempo de esperar havia terminado.
As costelas ainda incomodavam, porém já não gritavam a cada movimento.
O corpo estava mais firme.
A mente… ainda confusa.
Mas ele precisava voltar.
Júlia apareceu na porta com o habitual cuidado silencioso, segurando um copo d’água.
— Você realmente vai hoje — comentou ela, olhando para a mochila já fechada. Não parecia surpresa, mas havia algo nos olhos… talvez preocupação. — Os médicos disseram que deveria ficar mais alguns dias.
— Eu sei — Vinícius respondeu, passando a mão pelos cabelos. — Mas não posso. E lá eu vou ter os melhores médicos.
Júlia se aproximou, entregando o copo.
— Você não