O corredor estreito parecia encolher à medida que a tensão entre Anna e Adam se intensificava. Seus olhares se cruzavam como lâminas prestes a colidir, um duelo silencioso entre dois mundos diferentes, mas igualmente perigosos. O encontro era tudo, menos oportuno.

Adam, tomado por uma mistura de raiva e pânico, avançou com firmeza e agarrou o pulso de Anna, a mão trêmula pela urgência que carregava. Seu olhar era desesperado, exigia respostas - e rápido.

Anna desviou os olhos para a mão que a prendia, analisando o gesto como um predador calcula seu próximo movimento. Sem pressa, ergueu o olhar e o cravou nos olhos intensamente azuis de Adam. Ela conhecia aquele olhar: controle mascarado de fúria. E ele, por sua vez, sabia que estava mexendo com alguém que não se intimidava com ameaças.

- Se fizer isso outra vez, vou arrancar seus dedos - ela disse, fria como aço.

A ameaça, apesar de sussurrada, cortou o ar como uma lâmina. Adam engoliu em seco, mas não recuou. Ainda trêmulo de preocup