Ponto de Vista de Mara
A manhã nasceu pesada, como se o céu estivesse triste.
A luz era pálida, quase cinza, e o vento carregava um silêncio estranho, um silêncio de guerra.
Desde que acordamos, percebi que algo tinha mudado na alcateia.
Os olhares eram tensos.
Os guerreiros caminhavam apressados.
Armas eram distribuídas.
Crianças eram mantidas dentro das casas.
E todos os lobos estavam em alerta.
Arthur e Apolo não disseram muito durante o café da manhã.
Eles só se olhavam, trocando sinais silenciosos entre si e com a mãe deles, Lucy, que parecia ainda mais pálida do que na noite anterior.
Eu sabia que algo terrível havia acontecido.
E, mesmo assim, eles estavam tentando me poupar.
Como se eu não fosse capaz de lidar com aquilo.
Como se eu não fosse… o que sou.
Quando terminamos de comer, Apolo pegou minha mão com firmeza.
— Vem, amor. — sua voz era calma, mas os olhos estavam sombrios. — Hoje você treina com a gente.
Arthur aproximou-se por trás, tocando minha cintura com cu