Capítulo 61
Lucia Bianchi
Sentei ao lado, corpo um pouco inclinado na direção dele por instinto. Antony falava de nada e de tudo, como quem decanta o assunto sério para guardá-lo para amanhã. Eu respondi o que coube, sorri quando a casa pediu sorriso, segurei a bandeja quando foi preciso levar mais.
Quando a conversa perdeu corpo e o café virou só xícara vazia, nos despedimos. Fabiana me deu um beijo na bochecha, e sussurrou:
— Vai com calma nele. — como se eu tivesse esse poder.
Manuela não falou. Mas não resistiu a me fitar, da porta, com uma pergunta que não era para ser respondida ali.
Saí com Vini, e fomos embora.
Dentro de casa, a calma durou três passos. Quatro soldados esperavam, colunas de farda e pressa. O primeiro se adiantou, tablet na mão.
— Don, a questão do perímetro—
— Sim. — Vinícius cortou, curto.
— O senhor prefere a rota… — E listou siglas, números, um mapa invisível.
Vini ouviu dois segundos inteiros, pegou a caneta do bolso do solda