O abraço

Capítulo 118

Lucia Bianchi Strondda

Uma coisa que aprendi convivendo com Vinícius é que autoridade de verdade não se impõe gritando.

Ela simplesmente acontece. E, às vezes, é até silenciosa.

Mas naquele corredor subterrâneo do hospital, hoje transformado em território da máfia sem que ninguém ousasse admitir, eu não estava com humor para delicadezas. Assim que João Miguel resolveu o problema...

— Soldados! — chamei, a voz alta. — Quero todas as lixeiras vasculhadas. Agora. Procurem um celular. Tela quebrada. Não sei a cor nem o modelo.

Eles estalaram o corpo como se tivessem levado choque.

Três correram para a direita, dois para o fundo do corredor, outro desapareceu por uma porta metálica que dava para o setor técnico.

Ninguém perguntou por quê. Ninguém pediu detalhes.

Eu continuei observando enquanto cada um se movia como peça obediente de um tabuleiro que eu, até pouco tempo atrás, nem sabia que podia manipular.

Quando virei para o lado, encontrei João Miguel me encarando
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