Karina não pode fazer nada para impedir, pois estava imobilizada e também não entendia a quietude da Luna, pois sabia que ela era filha de um Beta com uma bruxa e havia estudado por dez anos no instituto de Marla, conforme havia lhe contado o Alfa. Então, por quê não fazia nada? Ela sequer se mexia. Estaria também, imobilizada?

Viu quando a bruxa Marla, usando o corpo de Maura, subiu na pedra, colocando um joelho de cada lado do corpo de Lia e com o pote contendo o seu sangue, levantou-o e apresentou-o ao céu, dizendo as palavras de encantamento e despejou um pouco em sua própria boca e aspergiu o restante sobre a Luna.

Uma fumaça esverdeada subiu das velas e envolveu o espaço ao redor das duas e não se via nada do que acontecia. Só que, de repente, o corpo de Maura caiu para o lado da mesa de pedra, batendo com força no chão e, à medida que a fumaça se dissipou, a alma da velha bruxa foi se dissolvendo adentrando pela boca de Lia, até sumir por completo. Lia parecia ter desfalecido.