Capítulo 36. Domando a Morte
O espanto dela foi tão grande que sua forma física minguou, voltando a ser a da rainha, como gostava de chamá-la Natanael. Ele, por sua vez, ao ver ela se acalmando, também voltou a sua forma humana e com um gesto, refez o antigo trono dela.
Se a Morte chorasse, diria que de seus olhos, agora aparentes, saíram lágrimas. Porém, apesar de todo seu desconforto e pesar, dentro dela não existiam emoções e Natanael sabia disso, só não entendia o porquê do teatro. Ficou na expectativa do que viria.
Ela sentou-se em seu trono, imponente como sempre e olhou, séria, para ele.
— O que me dará em retorno ao que me tirou? — A jogadora que não gostava de perder, voltou.
Natanael deu uma risada, que mais uma vez estrondou o lugar.
— Então é isso? Mais uma chantagem, cobrança ou seja lá do que você quiser chamar?
— Você sabe que me deve e muito! Exclamou ela, severa.
— Quem me deve é você, pois prometeu e não cumpriu. — rebateu ele.
— Acaso não és o todo poderoso Supremo?
Um estrondo se fez no céu,