Capítulo 168

Ana apertava os dedos contra a marca vermelha no rosto, os olhos faiscando ódio.

_Aquela vadia vai pagar caro por isso -sibilou, sem nem se importar com quem pudesse ouvir.

Sandra, ainda se recompondo com o vestido ensopado, ergueu o queixo. — Ela não vai rir por último, mamãe. Eu juro que vou arrancar essa mulher da vida de Enzo. Nem que seja a última coisa que eu faça.

As duas trocaram um olhar silencioso, alimentado pelo orgulho ferido e pela fúria, o jogo, para elas, estava longe de terminar.

Já eu, ao atravessar a porta do salão, mantive a postura intacta.

Entrei no carro como se nada tivesse acontecido, cruzei as pernas e pedi ao motorista que nos levasse.

Nenhuma lágrima e nenhum tremor

apenas o olhar fixo na janela, como se aquilo não tivesse me atingido.

Mas assim que a porta se fechou atrás de mim e o motor arrancou, a máscara caiu

Minhas mãos começaram a tremer, a respiração ficou curta, e a raiva que engoli na frente delas explodiu no silêncio do carro

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