Voltamos novamente em silêncio quando tudo acabou, fizemos um velório discreto e sem muito o que falar para os repórteres que nos cercavam a cada paragem
O carro parecia atravessar um túnel de tristeza, e o barulho da cidade lá fora não chegava até nós.
Enzo dirigia com mãos tensas e a expressão fechada, com os olhos vermelhos, e eu mantinha a mão sobre a dele, apenas para lembrá-lo de que não estava sozinho.
Quando chegamos, o apartamento parecia pequeno demais para o peso que carregávamos
Enzo entrou primeiro, soltou a chave e deixou-se cair no sofá, com a cabeça entre as mãos.
Eu me aproximei devagar, ainda com o perfume dele impregnado, e sentei ao lado.
Ele não disse nada, apenas respirava fundo, tentando organizar os pensamentos, só falou depois de alguns minutos
_Christine… - murmurou, finalmente olhando para mim, com a voz rouca _não sei como continuar sem ele… sem o meu avô…
Aproximei meu rosto do dele e respirei devagar, como se ao compartilhar o ar pudes