continuou o velho, com um suspiro comprido parecendo teatral
_Insisti tanto em manter vocês por perto, em ver tudo andar depressa… que acabei pondo peso demais nos ombros de vocês! Eu devia ter esperado o tempo de vocês, não o meu, me desculpem
_ Vô… - Enzo começou, mas a voz falhou.
_Não, me escutem - Artur ergueu a mão com esforço _Eu sei que não tenho muito tempo, e é por isso que quero pedir algo.
Seu olhar encontrou o meu, profundo, quase paternal.
_Quero que vocês dois não deixem a dor destruir o amor que construíram… Perder um filho…
ele fechou os olhos, respirando com dificuldade
_ é uma dor que arrasta qualquer um para o fundo… Mas não deixem isso afastar vocês! Se prometem uma coisa a este velho teimoso, que seja essa, sigam juntos e Sejam a força um do outro.
As lágrimas já escorriam pelo meu rosto, silenciosas.
Enzo estava imóvel, mas sua mão tremia quando a levou até o ombro do avô.
_Eu prometo, vô… - ele disse, com a voz embargada.
Isso me fez per