De um lado, Christine em perigo e do outro, meu avô, pálido, com a mão trêmula no peito, sufocado pela notícia que não deveria ter ouvido.
_Droga… não posso… não posso escolher…
murmurei, com os olhos ardendo.
Foi então que tomei a única decisão possível, confiei neles.
Corri atrás dos melhores médicos, implorei que cuidassem dos dois com prioridade absoluta.
Entreguei meu coração nas mãos da equipe como quem entrega o último fio de esperança.
Horas pareciam dias… Eu permanecia no corredor, incapaz de me sentar, incapaz de respirar direito.
Só rezava em silêncio, pedindo, suplicando que me deixassem inteiro no fim.
Até que uma das médicas saiu e o olhar dela me esmagou antes mesmo das palavras, eu sabia o que tinha acontecido
_Doutor Costa… Christine está fora de perigo… mas… - ela respirou fundo. _ sinto muito pelo bebê.
Senti o mundo parar.
O chão sumiu debaixo dos meus pés, e a sala girou em um silêncio que me consumiu .
O bebê… nosso bebê.
Eu dever