Não precisei levantar a voz, meu olhar dizia tudo.
Ela sabia que tinha cruzado a linha.
continuei de pé, encarando-a como quem não recua jamais
Saí da cozinha com o coração disparado, os passos ecoando pelo corredor.
A raiva latejava no peito, como se cada batida fosse um tambor de guerra.
Mas de repente, senti um puxão brusco no braço e era Ana.
Ela me segurava com força, com as unhas quase cravando na minha pele.
_Você vai pedir perdão agora mesmo, Christine…Ou juro que conto tudo para o meu filho! - rosnou, com o rosto ainda manchado pelo suco escorrendo, mas com todo o desgosto que venho sentindo dela, me deixou fria e olhei para ela, firme, soltando um riso curto, quase debochado.
_Eu? Pedir perdão? - balancei a cabeça. _Estou nem aí para as suas queixinhas , dona Ana.
Ela estreitou os olhos, bufando de indignação e antes que pudesse soltar outra ameaça, ergui a voz, chamando uma das empregadas que passava.
_Rosa! - falei, apontando com calma para a mulher co