La venganza es dulce, mucho más cuando es contra hombre que se supone que debía cuidarte, y en su lugar, te vendió para cerrar un trato. Por eso mismo, Daniela está dispuesta a unirse al rival empresarial de su padre, con tal de destruirlo por lo que le hizo. Filip nunca creyó que tendría una verdadera oportunidad de vengarse del hombre que había tratado sistemáticamente de hundir su empresa porque estaba teniendo más éxito que él, pero que la hija de su rival le dé la oportunidad, es algo que no va a desperdiciar. Juntos se vengarán, pero ¿es todo lo que harán? ¿Se puede uno enamorar del enemigo? Dicen que enamorarse del villano es mejor que del héroe, porque él quemaría el mundo entero por hacerte feliz, ¿será que eso se aplica aquí?
Leer másViolleta
Estou dando uma última olhada pela janela do meu quarto. Posso avistar algumas adolescentes a conversar no banco do pátio. Diversas vezes me sentei no mesmo, somente para ter meu momento de silêncio com um bom livro nas mãos. Por ter um jeito mais reservado, sempre encontrei dificuldade em me socializar com as pessoas. Tinha medo de dizer ou fazer algo que pudesse me levar às broncas, brigas ou castigos aqui dentro do orfanato.
Sim. Vivi meus dezoito anos nesse local com paredes escuras, guardada a sete chaves. Nunca pude ir para o lado de fora desses muros e tampouco houve alguma oportunidade para tal ato, como uma curiosidade ou até escapatória. A vigilância sempre foi meticulosa pelas funcionárias e superiores, todas do sexo feminino. De modo algum estive perto de uma presença masculina, sequer imagino a textura da pele ou a fragrância de um perfume diferenciado. Mas idealizo, como todas nós no orfanato, encontrar uma pessoa especial, um amor verdadeiro para a vida inteira que me apresente um mundo novo fora desses muros.
Solto um suspiro ao mirar pela vidraça sentindo o vento frio percorrer meu rosto, me arrepiando. Observo um pássaro distante; alegro-me, pois em minutos estarei livre como ele. A diferença entre nós é que o animalzinho não tem ansiedade ou expectativas de vida, já eu, estou totalmente nervosa pelo que me aguarda além desse casarão velho.
Independentemente do que vier, estou feliz. Esperança é tudo que me alimenta para essa nova etapa de minha existência.
Afasto-me do batente, pegando meu último pertence em cima da cama e guardando em minha pequena maleta com pouquíssimas roupas. Não podia deixar para trás minha única lembrança, a de que um dia tive uma família, que um dia pertenci a algum lugar, que talvez tenha sido querida, ou mesmo indesejada. Nunca saberei ao certo.
Soube pela minha tutora do orfanato, que o homem que me entregou neste local se parecia muito comigo, ao menos lembrava-a como estou atualmente. Talvez fosse um parente — um pai, tio ou irmão mais velho —, o único resquício que tenho é essa manta cor-de-rosa com as letras “II” na extremidade. Podem ser as iniciais de dois nomes, um sobrenome, talvez! Eu sabia que meu sobrenome não era meu realmente, o orfanato dava aos bebês um único nome na falta de documentação, logo, assim como dezenas de crianças naquele lugar, eu era Violleta “Santi”. Um membro de uma família invisível formada por crianças que nunca tiveram direito a um nome, a uma herança de sangue.
Pergunto-me o que levou a essa pessoa a me abandonar em definitivo? Por que não me quiserem? Por que não me cuidaram como uma família normalmente faria?
Sempre senti falta de carinho, atenção e amor. Cresci como uma jovem insegura, carente e medrosa. Talvez pelos traumas que carrego pelo esquecimento de uma família que nunca me buscou ou quis saber de mim.
Porém a partir de hoje tudo isso vai mudar! Viverei uma vida de que fui privada, totalmente liberta, sem limites para meus sonhos com uma nova casa. Fecho o zíper da mala, dando uma última olhada no quarto que foi meu confinamento determinada a não pensar mais nele um dia sequer dali para frente.
— Arrumou tudo, querida? — Viro-me olhando para a senhora Dolores, que parecia ser a única que sentia uma simpatia por mim nesse asilo de crianças e jovens moças.
— Sim. Estou pronta. — Suspiro apreensiva.
Observo-a se aproximar com sua roupa desgastada e cabelo oleoso por trabalhar a anos na cozinha. Ela estende a mão me entregando uma bolsinha. Pego-a abrindo, ficando boquiaberta com o que vejo dentro.
— Meu Deus. Não posso aceitar. — Fecho e lhe entrego, mas sou interrompida no percurso.
— Por favor, Violleta. Aceite minhas economias, você está indo para um mundo novo e precisará estar preparada. — Sem perceber deixo lágrimas caírem. Ela sempre demonstrou ser muito carinhosa comigo, sempre fui sua protegida quando outras jovens vinham me bater ou caçoar. — Eu tenho uma casa e um emprego, e a vida lá fora não é nada fácil. Não é muito, mas te ajudará a se manter, até arrumar um trabalho na área qual fez seu curso de secretariado no ano passado.
— Tem certeza de que não te fará falta? — Estou constrangida com seu ato de bondade. Não quero atrapalhar ou prejudicar ninguém.
Ela segura minhas mãos que ficam unidas com as suas.
— Tenho. Economize o máximo que puder e busque algum imóvel no centro, onde se têm as melhores chances para um bom emprego. — Aceno com a cabeça. — Tome cuidado com homens aproveitadores, você é muito inocente ainda, Violleta. E sua beleza sem cautela pode acabar sendo sua ruína, querida.
— Um dia, eu vou te recompensar por isso. Eu prometo — digo, mesmo sem saber o que o futuro me reserva.
— Viva bem, Violleta — diz a mulher com comoção em seus olhos cansados. — E nunca mais pense neste lugar.
Escuto atentamente seus conselhos e me despeço com um abraço e beijo terno em seu rosto rechonchudo, sem antes, receber também um lanche para a viagem. Não tenho palavras para expressar toda a minha gratidão. Eu certamente não pensaria mais naquele orfanato, não o visitaria nem passaria perto dele, mas nunca esqueceria aquela senhora e minha dívida para com ela.
Consegui chegar ao centro da cidade com sorte e um pouco de ajuda. Pensei que me perderia no percurso, porém foi bem mais fácil que previ. Bastou somente uma orientação da senhora que estava comigo no ponto de ônibus para descer em uma das ruas mais movimentadas. Confesso me senti um peixe fora d’água com esse tumultuado fluxo de pessoas, maioria vestidas de social, bem apresentadas. Sinto-me envergonhada com meu simples vestido floral soltinho até os joelhos e as sapatilhas desgastadas.
De esquina observo uma banca de jornal e me aproximo para pedir mais informações.
— Boa tarde! O senhor poderia me ajudar? — Encaro um homem acima do peso, nos seus quase quarenta anos, bebendo seu refrigerante diet, em cima de um banquinho que quase nem cabe seu traseiro.
— O que quer, garota?
— Estou meio desorientada. Poderia me indicar um local barato pela região para que possa me acomodar? Um hotel, uma pensão, talvez.
— Isso depende. Vai comprar algo na minha banca?
Nossa! Essa é minha primeira experiência na rua de que realmente ninguém faz algo de graça para outra pessoa, tudo em base de troca de favores, nada diferente do que via no orfanato. Por um instante quis que a cidade fosse composta apenas por senhorinhas solícitas como a que encontrei no ônibus, mas como preciso dessa informação, separo alguns trocados para comprar algo de sua banca, bem empoeirada por sinal.
Olho à minha volta e vejo alguns jornais.
— Vou querer um periódico de empregos.
O homem bufa percebendo que não conseguirá uma boa venda comigo. Após me entregar o jornal e eu pagar por ele, aguardo pacientemente sua resposta sobre minha pergunta. Levo um susto quando sinto seu toque inesperado em minha mão, pegando-a e acariciando de um jeito nojento. Senti repulsa na hora. Encaro seus olhos para suas explicações.
— O que uma moça tão bonita faz sozinha numa cidade grande? Se quiser posso te levar para minha casa, bem na minha cama. O que acha?
— Quero que responda minha pergunta — digo enfática.
Me miro en el espejo y no puedo evitar sonreír: fue buena idea esperar a que me cuerpo se acomodara y pasará un poquito de tiempo antes de tomarme las medidas para el vestido, porque si Layla lo hubiera hecho a penas tuve a Arica, la verdad es que estoy segura de que le tendría que haber hecho los mil y un cambios y habría tenido que ajustarlo de todos lados. Por suerte pude recobrar mi figura bastante rápido, y gracias a la nutricionista y su plan de “reemplazo”, tampoco es que haya aumentado demasiado. Solo era cosa de reafirmar lo que se había estirado y bajar ese par de kilos que, inevitablemente, había subido por mi niña. -Querida, estás hermosa. -Es verdad, mi hermano se va a caer de espaldas en cuanto te vea. -¿Ustedes creen? -Dani, ya te dijimos, acepta tu belleza, eres preciosa y ese vestido fue literalmente diseñado para ti. Hoy eres la princesa de mi hermano. -Querrás decir la reina. -Cierto, Arica es la princesa, ¿no es así mi vida? Mi niña ríe ante las atenciones d
Entro a la habitación y la veo ahí, sobre la cama, pálida si, pero con un ritmo cardíaco estable según el monitor conectado a su dedo. Fue un gran susto lo que ocurrió en el parto: Daniela sufrió una hemorragia uterina, debido al rompimiento de varios vasos sanguíneos por el esfuerzo y la presión alta que sufre. Era mucho sangrado y tuvieron que levarla al quirófano para poder encargarse de controlar el sangrado que fluía descontroladoIncluso debieron de suministrarle una transfusión de sangre para ayudar a estabilizarla.Ahora, luego del susto que pasamos, por fin puedo relajarme al tenerla frente a mi. Sin embargo, cuando estoy por acercarme a ella, algo más llama mi atención y eso es el ligero gemido que proviene del cunero junto a la cama, en el cual ahora descansa mi pequeña hija. Pedí que la trajeran aquí en cuanto pudieran y que me avisaran. No estuve cuando lo hicieron porque tuvieron la puntería de venir justo cuando mi vejiga no dio más y necesité ir al baño, no obstante, T
La verdad es que, a pesar de lo que digan, el embarazo es un período hermoso. Luego de que las náuseas matutinas cedieron y me recuperé lo suficiente como para poder tener sexo como Dios manda y acallar mis hormonas, los antojos no fueron un problema porque, gracias a mi suegra y a todos los que me rodean, mi dieta era lo suficientemente equilibrada y saludable, como para que mi cuerpo no pidiera nada muy raro. De vez en cuando quizás algún chocolate, por azúcar o magnesio, o quizás unas papas fritas cuando el sodio lo tenía bajo, no obstante, nada grave. No me permitían tampoco desviarme mucho, Filip estaba obsesionado con mi salud y bienestar, por lo que no me dejaba de cuidar a casi cada momento. Ahora mismo, con ya nueve meses con esta pequeña criatura en mis entrañas, la verdad es que me siento a reventar. Mi preciosa bebé, aunque me aplaste las tripas y me haga sentir un zepelín ahora mismo, la amo con todo mi corazón. Y sí, dije preciosA, porque sí, es una niña. Filip casi s
La noticia de la muerte tanto del padre de Daniela como del maldito de Chers, llegó una mañana casi una semana después de esa hermosa noche que pasé junto a la que, ahora puedo decir a los cuatro vientos, que es mi prometida. Sé que ella se sintió muy confundida en cuanto a sus sentimientos encontrados por esa noticia, y nadie puede culparla: a pesar de todo lo que él le hizo, no deja de ser su padre y sé que ella, aunque no quiera admitirlo, se alegra de que él ya no esté, pero también está mal por dentro por sentirse de esa manera. Yo he intentado de que se libere de esa culpa innecesaria, ese maldito no se merece ni un segundo pensamiento de parte de alguien tan dulce como mi Daniela, sin embargo, precisamente porque ella es así, que es que se siente tan mal. Es un alma demasiado bondadosa, al punto de que es capaz de sentirse mal por la muerte de alguien le causó tantas penurias y sufrimiento…No creo que yo fuera capaz de algo así. Sin embargo, por una cuestión de respeto a qu
Miro el entorno y me quedo completamente sorprendida: ¿cuándo tuvo tiempo de hacer todo esto? Todo está lleno de velas encendidas, las cuales dan un suave resplandor delicado que da una ambientación cálida y romántica al sitio. Hay flores por aquí y por allá, música suave sonando, incluso hay un delicado aroma dulce flotando en el aire. En la cama hay pétalos de flores y hasta forman un camino espaciado desde la entrada del cuarto hasta el mueble. En las mesas de luz junto a la misma, hay cuencos redondos, casi como peceras, llenas hasta la mitad de agua y con más velas flotando en la superficie. Las cortinas están descorridas y permiten ver un hermoso cielo estrellado con la luna completamente llena, completando el ambiente perfecto que, imagino, mi pelinegro, y ahora prometido, ha planeado hasta el último detalle. Su voz ronca y casi susurrante, suena junto a mi oído mientras sus brazos me rodean desde atrás, acomodándose en mi cintura y pegándome con delicadeza a su pecho. -¿T
A muchos les parecería extraño no reaccionar al ver a tu pareja, hablando con la mujer que ha declarado a los cuatro vientos que no le importa en lo más mínimo que esté con alguien más, sino que está dispuesta a lo que sea por tenerlo con ella, sin embargo, para mí, luego de todo lo que ha pasado, la verdad es que no me preocupa en lo más mínimo. No solo Vanesa se abrió conmigo y las cosas entre ambas dieron un paso hacia el frente, en la dirección correcta, sino que los celos son solo una reacción negativa ante la inseguridad propio que hace que, aún cuando la otra persona no nos da motivos, nosotros nos imaginemos un mundo de cosas que no tienen razón de ser. Yo no tengo ese problema, no necesito crearme toda una película sobre una relación entre Filip y Vanesa. No solo él ha dejado más que claro que no está interesado en ella, sino que me ha dejado claro que a la que quiere es a mí y, luego de la charla con Vanesa, ella ya dejó claro que no tiene ningún tipo de intención hacia
Último capítulo