30. O que está acontecendo?
Depois de uns longos minutos esperando pelo príncipe Noctis, sentada sozinha àquela mesa isolada, senti a inquietação crescer dentro de mim como uma erva daninha. Meus olhos percorriam o jardim, tentando disfarçar o incômodo. Já era o bastante. Levantei-me com um suspiro, alisando a calça de tecido leve que usava, e comecei a caminhar sem rumo definido. Talvez uma volta pelo jardim acalmasse minha mente.
O sol, em seu lento declínio, lançava uma luz dourada e quente sobre o jardim, tingindo as flores e árvores de tons alaranjados e púrpura. O perfume doce das pétalas recém-desabrochadas se espalhava no ar, misturando-se com o aroma sutil da grama cortada e da terra úmida. O ambiente parecia tranquilo, quase onírico, como se fosse um recanto separado do resto do mundo.
Caminhei por entre os canteiros decorados, sentindo a brisa suave brincar com as mechas soltas do meu cabelo. Pequenas fadas-luz — insectoides encantados, comuns nos jardins mais antigos — flutuavam entre os arbustos,