Stephen parou o carro próximo ao prédio em que Serena morava. Ajudou-a a abrir o cinto, debruçando-se sobre ela. A proximidade dos corpos trouxe um súbito calor em seu rosto. Tocou-lhe a barriga, cuidadosamente.
Quando a mão de Serena colocou-se sobre a dele, sentiu uma emoção indefinida. Sorriu para ela, com ternura, e mal percebeu que seus lábios se aproximavam.
O roçar suave de lábios durou pouco. Stephen afastou-se, parecendo embaraçado:
— Desculpe, Serena. Acho que é a força do hábito.
Serena sentiu o peito enregelar. Se Stephen pedia desculpas por um beijo, eles não estavam juntos. Não eram um casal.
Não havia sido desculpada.
Provavelmente ele nem a amava mais.
Antes que pudesse explodir em lágrimas novamente, saiu do carro correndo e entrou no prédio, sem olhar para trás.
Não ia mais pedir desculpas, implorar pelo perdão. Podia ter errado, mas não iria rastejar por um homem, mesmo que o amasse.
****
Serena estava enroscada na cama, alheia ao barulho que os amigos faziam na sal