Acordo sobressaltada, o som de batidas altas e constantes ecoa pelo andar inferior da minha nova casa, ressoando como tambores de alarme. Por um momento, fico paralisada, meu coração batendo descompassado enquanto tento discernir a origem do barulho. A voz de Caelum corta o silêncio, carregada de um desespero que raramente o vejo expressar. Isso me faz pular da cama, o medo envolvendo meu corpo como um manto sufocante.
Visto um roupão e desço as escadas com pressa. Assim que abro a porta, sou imediatamente atingida pela expressão de Caelum. Seus olhos, profundos e normalmente cheios de força, agora estão obscurecidos pelo remorso e uma tristeza que parece quase palpável.
“Caelum, o que houve? Aconteceu algo com as crianças?” pergunto, minha voz falha, carregada de preocupação. As palavras mal saem, e sinto o peso do medo apertando meu peito.
Sem dizer nada, ele me entrega um papel amassado. Seus dedos tremem levemente enquanto o fazem, e isso só aumenta minha sensação de que algo terrí