Kassidy estava se arrumando. O diretor do laboratório enviou para ela o resultado falso, afinal, ele queria que ela levasse um susto. Ele, claro, tinha mandado um aviso para o diretor, que só viu depois, quando já estava lendo os relatórios. Como foi enviado para o email pessoal, Wayne não mexeu, pois focou em Jane e no trabalho, naquele dia. Confiante, Kassidy passou o batom, deu umas amassadinhas nos cabelos bem penteados e chamou Luke no pé da escada. O menino apareceu e ela verificou se ele estava apresentável. — Hoje, vamos fisgar um super peixe, moleque. Luke franziu o cenho. — Eu não quero outro pai. — Ele disse, triste. Luke sabia que o pai dele, Carl, não poderia retornar, e nem a avó. Porém, ele não queria uma nova família. Não com Kassidy no meio! Ela apertou o braço dele por baixo da blusa. — Escuta aqui, melequento! Você vai fazer o que eu mandar, ou eu vou te mandar pra um lugar muito pior do que ao meu lado! — Ela torceu a boca em desgosto. — Deveria me agradecer!
Ollie apenas a olhou com um sorriso cínico nos lábios e Kassidy quis pegar a bengala do velho e acertar-lhe a cabeça para tirar aquela expressão desdenhosa da cara dele! Luke observava e ele podia não entender muitas coisas, mas aquele senhor não parecia nada bobo. — Eu vou ligar pro Wayne, pedir pra ele dar uma passada aqui, o que acha? — Ollie perguntou e Kassidy levantou o queixo. — Acho formidável. — Ela devolveu com um sorriso falso e sentou-se na poltrona que normalmente Wayne ocupava quando ia ali. Ollie torceu a boca. — Pode ligar. Ela esperou enquanto Ollie pedia para o filho ir até lá. Ele tinha pedido folga do hospital no dia porque já imaginava que as coisas não seriam fáceis assim que Kassidy tivesse os resultados falsos em mãos. Jane o acompanhou e, durante o caminho, ela estava torcendo a própria roupa, nervosamente. Wayne entrou pelos portões e, antes de desligar o veículo, ele segurou a mão da mulher que amava, fazendo-a olhar para ele. — Vai ficar tudo bem. Vou
— Senhorita Osbourne, por favor, nos acompanhe. — Um dos policiais esticou um mandado e ela ficou tensa. — Por quê? Eu não fiz nada. — Então venha conosco. Precisamos apenas de um esclarecimento. — O policial insistiu, mantendo o rosto sem expressão. — Não. — Ela olhou em volta e apertou os olhos. — Isso é uma armação, não é? Sabiam que eu traria os resultados hoje e armaram pra mim! Ela olhou com olhos suplicantes para o policial, que já estava inteirado da natureza da mulher. Portanto, aquilo não o moveria. — Eu me recuso! — Se você é inocente, senhorita Kassidy, por que não vai? Só fica preso quem fez besteira. Você tem a consciência limpa? — Ollie perguntou, de maneira despreocupada e aquele sorriso enervante nos olhos. — Cala a boca, seu velho maldito! — ela não se aguentou e gritou, cobrindo a boca em seguida. Ela se virou para Wayne. — Amor… o nosso filho… — Eu não tenho filho algum com você, Kassidy Osbourne. — Do que… o exame está aí! Luke está bem aqui! — ela aponto
Jane ouviu as palavras de Wayne, mais tarde, e ela não pestanejou antes de aceitar. Wayne a abraçou. — Eu te amo, já disse isso? — Hmmm… Ele a beijou e os dois se deitaram. — Amanhã casaremos no civil, tudo bem? Mas a festa… quando você estiver melhor, poderemos cuidar disso. Se você quiser, é claro. — Wayne falou, sentindo-se ansioso porque logo, Jane seria Jane Valeria Ryan! Eles dormiram na mansão de Ollie e, pela manhã, retornaram à casa de Wayne. O menino estava deslumbrado, ainda mais quando descobriu que teria um quarto só dele. Kassidy o deixava na despensa. — Esse aqui ainda está sem nada, é simples, mas sairemos para escolher tudo. O que acha? — Wayne perguntou e o menino começou a chorar. — Ei, ei… o que aconteceu? — Obrigado… — Luke cobriu o rostinho com as mãos e Jane e Wayne o abraçaram. — Eu não pensei… que um dia… Luke nunca pensou que um dia se veria livre de Kassidy. Parecia que a vida dele era um pesadelo interminável e ele já não aguentava mais, contando os
— A única e mais amada? — Milana perguntou e Jane assentiu. — Não. Ele me fez sentir como se eu importasse, e que eu não estava sozinha. Ele foi o amigo que eu precisei. Milana contou por alto como as coisas se deram. Jane ficou chocada em saber que Gabriel a tinha deixado, porque não parecia que ele seria capaz daquilo, vendo toda a devoção do homem para com a mulher. — Agora, vamos comemorar. Nada de papos tristes e profundos! — Milana falou e Jane riu. Adrienne se aproximou de Jane, assim que Milana foi ficar com o marido. A enfermeira trabalharia no hospital, agora. Wayne conseguiu uma boa posição para ela e o salário era muito bom! — Mas você não vai deixar de me visitar, não é? Esquecer a sua paciente mais querida. — O quê? Nunca nessa vida! — E em outra? — As duas se olharam, antes de gargalharem. Jane não se sentia assim, tão bem, em muito tempo. Luke entregou a ela um quadro. O menino tinha talento para a pintura e estava em um curso para aprimorar aquilo. Na imagem,
Os punhos de Wayne se fecharam. Como aquele homem chegou até ali?! Jordan o monitorou por um tempo. Ele tinha até sido preso! Como raios ele se livrou das grades? Jane estava chocada com a aparência de Malcolm. O homem estava mais magro, com as bochechas encovadas e as roupas… Era certo que Malcolm nunca foi rico — pelo que Jane soubesse —, mas o estado maltrapilho dele era terrivelmente deplorável! — Alguém tire esse homem daqui! — Wayne gritou, furioso com a segurança! — Não! — Malcolm gritou. — Jane, esse homem é um monstro! Olha o que ele fez comigo? — Tirem-no daqui! — Wayne rosnou e Jane olhou para ele. — Amor, eu… — Eu acredito em você. — Jane falou, sem qualquer dúvida no coração dela. Ainda que ela estivesse curiosa para saber o que tinha acontecido, ela não duvidaria de Wayne, que esteve ao lado dela nos piores momentos, para acreditar no homem que tinha roubado e a abandonado. Wayne temeu, por um momento, que Jane, ao ver Malcolm naquele estado, parasse tudo para sab
— Hey! — Eve reclamou ao ver um homem entrando na frente dela, na fila. Ele não se moveu e ela o cutucou nas costas, chamando-lhe a atenção. — Não pode fazer isso. Com licença! O homem se virou e, para Eve, parecia que o tempo se movia em câmera lenta. Por um segundo, ela ficou embasbacada com a visão: alto, olhos verdes, cabelos escuros perfeitamente penteados, traços que ela considerou muito harmoniosos, como uma estrela de Hollywood. Mas o encanto durou apenas até que ele abrisse a boca. — Por que está me cutucando? Qual o seu problema? — A frieza não só na voz, como no olhar, deixaram Eve com ainda mais raiva. O homem claramente era rico, pelo terno feito sob-medida, mas sem um pingo de educação!— Eu quem pergunto! O senhor furou a fila! — Ela olhou para trás, com uma das mãos na cintura, e viu que não tinha mais ninguém além dela. Ao se voltar para a frente, o homem já estava com as costas para ela. Eve ajeitou os óculos no rosto e o cutucou novamente. — O senhor ouviu? Ele
"Ele deve ser o pai da Rose, Archer Galloway!", ela pensou, já que aquele homem tinha os mesmos olhos do bebê que ela cuidaria de agora em diante. "Como eu não me dei conta disso antes?" Eve queria muito dizer uns bons desaforos para aquele homem, porém, se ele era mesmo o pai da criança, poderia demiti-la. E, naquele momento, Eve precisa muito de um emprego. Ela respirou fundo. — Eu sou Everleigh Johnson, senhor. — Ela lançou um sorriso caloroso para ele e ofereceu a mão, mas a carranca dele aumentou.— Está me seguindo, é isso? Como entrou aqui?! — Ele praticamente rosnou. — Quer saber? Eu vou chamar a polícia, agora mesmo! O sangue de Eve congelou nas veias. Polícia? Ela não podia ter problemas com a polícia! — Senhor, eu… Eu sou apenas a…Archer segurou ferozmente o braço de Eve, que choramingou. Ele afrouxou um pouco o aperto, mas não a soltou, arrastando-a para fora do quarto. Eles desceram as escadas e Shannon, que estava antes saltitando de felicidade, murchou assim que v