Everleigh Johnson nunca esperou que seu novo trabalho como babá fosse nada além disso, até que ela descobre que a pequena Rose é a filha secreta do poderoso CEO Archer Galloway. Abandonada pela mãe, Rose é um segredo frágil que Archer mantém à distância para proteger sua empresa de escândalos. Quando um repórter intrometido confunde Eve com a mãe de Rose, Archer é forçado a propor um casamento de conveniência para salvar sua reputação e seu negócio. À medida que Eve e Archer navegam em seu casamento falso, uma atração inegável se transforma em amizade e logo em algo muito mais profundo. Mas com segredos nas sombras, o amor crescente deles enfrenta um teste formidável. O que acontecerá quando a verdade sobre a verdadeira identidade de Eve for finalmente revelada? Será que o seu romance florescente sobreviverá à tempestade ou desmoronará sob o peso da mentira?
Leer más— Hey! — Eve reclamou ao ver um homem entrando na frente dela, na fila. Ele não se moveu e ela o cutucou nas costas, chamando-lhe a atenção. — Não pode fazer isso. Com licença!
O homem se virou e, para Eve, parecia que o tempo se movia em câmera lenta. Por um segundo, ela ficou embasbacada com a visão: alto, olhos verdes, cabelos escuros perfeitamente penteados, traços que ela considerou muito harmoniosos, como uma estrela de Hollywood.
Mas o encanto durou apenas até que ele abrisse a boca.
— Por que está me cutucando? Qual o seu problema? — A frieza não só na voz, como no olhar, deixaram Eve com ainda mais raiva. O homem claramente era rico, pelo terno feito sob-medida, mas sem um pingo de educação!
— Eu quem pergunto! O senhor furou a fila! — Ela olhou para trás, com uma das mãos na cintura, e viu que não tinha mais ninguém além dela. Ao se voltar para a frente, o homem já estava com as costas para ela. Eve ajeitou os óculos no rosto e o cutucou novamente. — O senhor ouviu?
Ele a ignorou e foi para o caixa assim que a luz do mesmo indicou estar livre. Eve foi com ele e colocou a cesta dela em cima do balcão. O atendente olhou para os dois.
— Eu cheguei primeiro! — O homem disse, já perdendo a paciência.
— O senhor entrou na minha frente, na fila!
— Exato. Por isso, eu cheguei aqui primeiro. Volte para trás e pare de atrapalhar!
— Senhorita, por favor…— O atendente pediu e Eve, por mais que quisesse arrumar confusão, respirou fundo e deu um passo para trás, irritada. Ela odiava como gente rica e com cara de esnobe geralmente ganhava nessas disputas.
Minutos depois, ao sair do mercado, viu o homem desligando o celular e entrando em um carro luxuoso e, em seguida, cantando pneus.
— Cretino miserável! — Ela murmurou, com raiva, e foi para casa.
O pequeno apartamento em Sun Valley estava caindo aos pedaços, ainda que Eve o mantivesse impecavelmente limpo.
Ao deixar a sacola de compras em cima do pequeno balcão da cozinha, ouviu alguém bater na parede da sala. Provavelmente os vizinhos, discutindo novamente. Quando as vozes alteradas se fizeram ouvir, Eve apenas suspirou e continuou a tirar as poucas compras da sacola.
Alguém bateu em sua porta.
— Um momento! — ela pediu e foi atender. Ao abrir a porta, deu de cara com a proprietária e síndica do prédio, que segurava um menino no colo. — Ah, senhora Clark. É sobre o aluguel? Eu estou…
— Não me interessa! Eu quero o dinheiro e o quero agora! — a mulher com o pano na cabeça disse de maneira rude, ajustando a criança no colo, que começou a chorar.
— Eu estou desempregada, mas prometo que vou…— Eve nem terminou de falar, pois a mulher deu um empurrão nela e entrou no apartamento. Seus olhos varreram a pequena kitnet e pousaram sobre a sacola de compras.
— Mas dinheiro pra esbanjar, tem, não é?
— Eu comprei apenas comida…— Eve detestava brigas e odiava "dever" a alguém, principalmente dinheiro.
Lenna Clark se virou para ela, balançando a criança que não parava de chorar. Eve sorriu para a criança, que piscou algumas vezes e sorriu de volta para ela.
— Amanhã. Se não me pagar amanhã mesmo, eu jogo as suas tralhas na rua! — A mulher não esperou uma resposta, apenas saiu a passos pesados e bateu a porta com força.
Eve se deixou cair no pequeno sofá surrado e colocou a cabeça entre as mãos. O que ela faria?
O celular dela apitou e era uma mensagem. Eve a olhou desinteressada, até ler o conteúdo e se levantar de um salto. Era uma entrevista de emprego!
Duas horas depois, Eve estava parada em frente a uma casa imensa, com um belo cercado, em Greenwood Village. Ela engoliu em seco e bateu à porta.
Uma senhora de cabelos grisalhos e um sorriso gentil a recebeu.
— Olá! Eu sou Everleigh Johnson e estou aqui para a entrevista para a vaga de babá. A senhora Ballilis foi quem me chamou.
— Entre, por favor, senhorita! — a empregada disse e abriu a porta para que Eve pudesse passar.
— Obrigada!
Eve foi levada até a sala e lá esperou por menos de cinco minutos, quando uma mulher de cabelos longos e cacheados apareceu, um sorriso bonito no rosto e uma covinha na bochecha.
— Olá! Eu sou Shannon Ballilis! — a mulher se apresentou e lhe estendeu a mão. Eve se colocou de pé e logo a apertou. — Sente-se, por favor!
A mulher sentou-se no sofá em frente a Eve e limpou a garganta.
— Como explicado na vaga, eu preciso de alguém que seja gentil, cuidadosa, responsável, compreensiva, discreta e que, claro, goste de crianças!
— Eu adoro crianças! — Eve falou sinceramente.
Após algumas perguntas sobre as experiências de Eve — que não incluíam exatamente cuidar de crianças — e ver a documentação, conferindo que estava tudo em ordem, Shannon colocou a prancheta na qual anotou tudo, de lado.
— Excelente! Vem, que quero te mostrar a Rose! — Shannon se levantou e fez sinal para que Eve a seguisse.
No andar de baixo, uma criança estava dentro de um carrinho. Os olhos verdes da criança pareciam sorrir sozinhos. Eve teve uma sensação de reconhecimento, mas logo afastou aquele pensamento. Quem raios ela já tinha conhecido com olhos tão bonitos quanto aqueles?
A senhora mais velha estava lá e, assim que Eve e Shannon entraram, ela pediu licença e se retirou.
— Ela é linda! — Eve falou, emocionada. A bebê, vestida de rosa, esticou os bracinhos gorduchos, pedindo colo. — Eu posso? — Eve perguntou a Shannon.
— Claro, vá em frente!
Ao pegar a pequena, Eve sentiu o coração se enchendo de algo muito bom. A bebê pegou uma mecha dos cabelos castanhos de Eve e soltou uma risadinha.
— Eu… Eu acho que estou apaixonada! — Eve falou e Shannon bateu palmas, rindo de alegria.
— Quando você pode começar?
Os olhos de Eve brilharam por trás da lente. Ela tinha conseguido?
— Q-quando a senhora quiser!
— Agora? Que tal? — Shannon mostrou seu lindo sorriso.
— Por mim, tudo certo! A sua filha é adorável, senhora Ballilis!
Shannon limpou a garganta.
— Essa doçura é minha sobrinha. O pai dela é meu irmão, Archer Galloway. Ele trabalha muito, sabe como é…— Shannon revirou os olhos, como se desconversasse, com um sorriso nos lábios.
Eve queria perguntar sobre a mãe da criança, mas inferiu que a coitada provavelmente tinha morrido. Seria muito indelicado questionar a respeito.
— Eu compreendo.
Shannon adorou que Eve não perguntou nada sobre a progenitora da criança.
"Ela é discreta. E compreensiva! E Rose a adorou!"
Eve passou o restante da tarde com a bebê. Assim que a pequena dormiu, ela resolveu ir à cozinha beber água e viu a senhora que a atendeu na porta mais cedo subindo com uma pilha de roupas.
— A senhora quer ajuda?
— Oh, minha querida, não precisa se preocupar…
— Eu faço questão. — Eve sorriu e pegou as roupas. — Eu sou Eve, por sinal. — As duas subiram as escadas.
— Ilma Barlow!
A campainha tocou e a idosa esticou o pescoço.
— Pode deixar essas roupas naquele quarto, ali, por favor. Eu já volto.
A sra. Barlow sentiu que podia confiar na moça e acenou de leve com a cabeça, descendo as escadas novamente.
Eve abriu a porta do quarto e ficou maravilhada. Ela colocou o cesto de roupas em cima da cama e deu uma última olhada ao redor, antes de pegar uma peça de roupa e começar a dobrá-la.
Pouco depois, a porta se abriu atrás dela.
— Quem diabos é você? — uma voz grave ressoou e Eve se virou tão rápido que podia jurar que seu pescoço havia estalado, o que lhe deixou zonza por alguns instantes.
Ela se viu olhando para olhos verdes intensos.
— Você! — Os dois falaram ao mesmo tempo. O semblante do homem mudou de surpresa para frieza imediatamente.
Os punhos de Wayne se fecharam. Como aquele homem chegou até ali?! Jordan o monitorou por um tempo. Ele tinha até sido preso! Como raios ele se livrou das grades? Jane estava chocada com a aparência de Malcolm. O homem estava mais magro, com as bochechas encovadas e as roupas… Era certo que Malcolm nunca foi rico — pelo que Jane soubesse —, mas o estado maltrapilho dele era terrivelmente deplorável! — Alguém tire esse homem daqui! — Wayne gritou, furioso com a segurança! — Não! — Malcolm gritou. — Jane, esse homem é um monstro! Olha o que ele fez comigo? — Tirem-no daqui! — Wayne rosnou e Jane olhou para ele. — Amor, eu… — Eu acredito em você. — Jane falou, sem qualquer dúvida no coração dela. Ainda que ela estivesse curiosa para saber o que tinha acontecido, ela não duvidaria de Wayne, que esteve ao lado dela nos piores momentos, para acreditar no homem que tinha roubado e a abandonado. Wayne temeu, por um momento, que Jane, ao ver Malcolm naquele estado, parasse tudo para sab
— A única e mais amada? — Milana perguntou e Jane assentiu. — Não. Ele me fez sentir como se eu importasse, e que eu não estava sozinha. Ele foi o amigo que eu precisei. Milana contou por alto como as coisas se deram. Jane ficou chocada em saber que Gabriel a tinha deixado, porque não parecia que ele seria capaz daquilo, vendo toda a devoção do homem para com a mulher. — Agora, vamos comemorar. Nada de papos tristes e profundos! — Milana falou e Jane riu. Adrienne se aproximou de Jane, assim que Milana foi ficar com o marido. A enfermeira trabalharia no hospital, agora. Wayne conseguiu uma boa posição para ela e o salário era muito bom! — Mas você não vai deixar de me visitar, não é? Esquecer a sua paciente mais querida. — O quê? Nunca nessa vida! — E em outra? — As duas se olharam, antes de gargalharem. Jane não se sentia assim, tão bem, em muito tempo. Luke entregou a ela um quadro. O menino tinha talento para a pintura e estava em um curso para aprimorar aquilo. Na imagem,
Jane ouviu as palavras de Wayne, mais tarde, e ela não pestanejou antes de aceitar. Wayne a abraçou. — Eu te amo, já disse isso? — Hmmm… Ele a beijou e os dois se deitaram. — Amanhã casaremos no civil, tudo bem? Mas a festa… quando você estiver melhor, poderemos cuidar disso. Se você quiser, é claro. — Wayne falou, sentindo-se ansioso porque logo, Jane seria Jane Valeria Ryan! Eles dormiram na mansão de Ollie e, pela manhã, retornaram à casa de Wayne. O menino estava deslumbrado, ainda mais quando descobriu que teria um quarto só dele. Kassidy o deixava na despensa. — Esse aqui ainda está sem nada, é simples, mas sairemos para escolher tudo. O que acha? — Wayne perguntou e o menino começou a chorar. — Ei, ei… o que aconteceu? — Obrigado… — Luke cobriu o rostinho com as mãos e Jane e Wayne o abraçaram. — Eu não pensei… que um dia… Luke nunca pensou que um dia se veria livre de Kassidy. Parecia que a vida dele era um pesadelo interminável e ele já não aguentava mais, contando os
— Senhorita Osbourne, por favor, nos acompanhe. — Um dos policiais esticou um mandado e ela ficou tensa. — Por quê? Eu não fiz nada. — Então venha conosco. Precisamos apenas de um esclarecimento. — O policial insistiu, mantendo o rosto sem expressão. — Não. — Ela olhou em volta e apertou os olhos. — Isso é uma armação, não é? Sabiam que eu traria os resultados hoje e armaram pra mim! Ela olhou com olhos suplicantes para o policial, que já estava inteirado da natureza da mulher. Portanto, aquilo não o moveria. — Eu me recuso! — Se você é inocente, senhorita Kassidy, por que não vai? Só fica preso quem fez besteira. Você tem a consciência limpa? — Ollie perguntou, de maneira despreocupada e aquele sorriso enervante nos olhos. — Cala a boca, seu velho maldito! — ela não se aguentou e gritou, cobrindo a boca em seguida. Ela se virou para Wayne. — Amor… o nosso filho… — Eu não tenho filho algum com você, Kassidy Osbourne. — Do que… o exame está aí! Luke está bem aqui! — ela aponto
Ollie apenas a olhou com um sorriso cínico nos lábios e Kassidy quis pegar a bengala do velho e acertar-lhe a cabeça para tirar aquela expressão desdenhosa da cara dele! Luke observava e ele podia não entender muitas coisas, mas aquele senhor não parecia nada bobo. — Eu vou ligar pro Wayne, pedir pra ele dar uma passada aqui, o que acha? — Ollie perguntou e Kassidy levantou o queixo. — Acho formidável. — Ela devolveu com um sorriso falso e sentou-se na poltrona que normalmente Wayne ocupava quando ia ali. Ollie torceu a boca. — Pode ligar. Ela esperou enquanto Ollie pedia para o filho ir até lá. Ele tinha pedido folga do hospital no dia porque já imaginava que as coisas não seriam fáceis assim que Kassidy tivesse os resultados falsos em mãos. Jane o acompanhou e, durante o caminho, ela estava torcendo a própria roupa, nervosamente. Wayne entrou pelos portões e, antes de desligar o veículo, ele segurou a mão da mulher que amava, fazendo-a olhar para ele. — Vai ficar tudo bem. Vou
Kassidy estava se arrumando. O diretor do laboratório enviou para ela o resultado falso, afinal, ele queria que ela levasse um susto. Ele, claro, tinha mandado um aviso para o diretor, que só viu depois, quando já estava lendo os relatórios. Como foi enviado para o email pessoal, Wayne não mexeu, pois focou em Jane e no trabalho, naquele dia. Confiante, Kassidy passou o batom, deu umas amassadinhas nos cabelos bem penteados e chamou Luke no pé da escada. O menino apareceu e ela verificou se ele estava apresentável. — Hoje, vamos fisgar um super peixe, moleque. Luke franziu o cenho. — Eu não quero outro pai. — Ele disse, triste. Luke sabia que o pai dele, Carl, não poderia retornar, e nem a avó. Porém, ele não queria uma nova família. Não com Kassidy no meio! Ela apertou o braço dele por baixo da blusa. — Escuta aqui, melequento! Você vai fazer o que eu mandar, ou eu vou te mandar pra um lugar muito pior do que ao meu lado! — Ela torceu a boca em desgosto. — Deveria me agradecer!
Último capítulo