Ponto de vista de Kira
Ajoelhei ao lado do corpo ainda quente. Minha lâmina atravessou entre a C1 e a C2 com precisão absoluta — a junção atlantoaxial. Nenhum grito. Nenhuma chance de reação. A morte foi instantânea.
Mas o cérebro ainda estava funcional por poucos segundos. Os sistemas cibernéticos dentro do crânio continuavam em operação mínima, processando os últimos pacotes de dados. E foi nisso que me concentrei.
Os apêndices dentro de mim pulsaram com fome. Algo ali chamava sua atenção.
Toquei a base do crânio, rompendo o compartimento externo do implante neural. Um leve estalo de pressão revelou a entrada para o processador tático. Ainda ativo.
Minhas sinapses se alinharam com o pulso magnético do núcleo. Frequência criptografada, de padrão militar. Reconheci no mesmo instante:
SJN-74.R6-KYOTEC.
Suijin Corporation.
Fria. Precisa. Letal. Como eu.
O módulo de controle tático ainda carregava dados voláteis — ativação remota, instruções codificadas e uma prioridade marcada