Marina tinha um espírito livre, criada por uma mãe narcisista que priorizava o dinheiro acima das paixões, ela aprendeu que seus sonhos deveriam vir depois das suas obrigações. Trilhando um futuro na advocacia, realizando os desejos e projetos de sua mãe, ela vivia uma vida programada extremamente infeliz. Com tantas coisas em mente, a única coisa que ela não pensava era assinar o acordo Skyfall e se ligar a um alienígena por um ano inteiro, atrasando seus projetos futuros. Quando um Ethan, um príncipe alienígena de um planeta distante, chega a proclamando como companheira, ela percebe que sua vida está prestes a virar de cabeça pra baixo. Às vezes um amor de outro mundo era só o que faltava para preencher toda sua vida.
Ler maisO grande homem sabia que as coisas não podiam ficar mais erradas do que já estavam. Seu pai, já velho, agora dormia como se a crise de a poucos instantes não tivesse ocorrido.
A foto da família na cabeceira pesava o ambiente, o lembrando de tudo o que havia se passado. — Ele está mais calmo? — ouviu a voz sussurrar ao seu lado. Não se virou, sentia que esganaria a mulher se o fizesse. Ela tinha causado aquilo! Privada da atenção que ele não podia dar naquele dia, tinha perturbado seu pobre pai até que ele estivesse doente, apenas para controlá-lo. Não sabia mais o que fazer, já tinha passado pela seleção antes e todas as vezes que dava errado, ele voltava a se relacionar com a Miwa. Sabia que a pressão que ela e o planeta dela faziam por aquela união era quase indigesta, mas não tinha escolha quando nenhuma outra parceira lhe era apresentada. Mas daquela vez era diferente, ele não tinha aceitado a chantagem e ela estava chegando a patamares perigosos A mulher era mesquinha, queria uma junção dos dois planetas por poder. Sabia que seu planeta era matriarcal e então qualquer mulher casada com ele, seria governante de seu povo. Só que ele seria o rei e não poderia, e não queria, casar com alguém que só faria seu povo definhar e sofrer mais do já tinham sofrido com a guerra. — Vai embora — esbravejou — Saia dessa casa agora! Você não vai mais desfrutar da hospitalidade de meu pai — se virou para ela, estudando a mulher que parecia cética com aquela rompante dele. — Ethan, querido… — ele detestava quando ela era cínica, e era tudo o que ela sabia ser. — Cala a boca! — gritou bravo. — Príncipe, por favor, seu pai precisa de descanso — ele se sentiu culpado olhando para o jovem médico que parecia nervoso com o estresse de seu velho pai. Ele sabia o que era aquilo, seu pai estava morrendo. O rei de Groop não tinha muito mais tempo de vida, como todo o seu povo, depois do acasalamento, quando um dos parceiros morriam, o outro não demorava muito a ir também. Mas a guerra tinha sido ainda mais impiedosa, tinha levado sua mãe, seu irmão (o príncipe herdeiro), sua cunhada e sua sobrinha (a próxima do trono). Agora só restava seu pai e ele. — Ethan, eu sei que tu tá bravo, mas eu precisava falar com você. Olha, nós vamos nos casar em um mês… — a mulher sabia que tinha a vantagem de ser a noiva escolhida por contrato e a medida que o príncipe não tinha dado certo com nenhuma das mulheres selecionadas, ela mesmo tinha garantido aquilo, ela seria a rainha. — Eu nunca vou me casar com você — ele falou entre dentes — Você nunca será minha Rainha! — ela deu um passo pra trás, não por medo, mas queria distância naquele momento. Sabia que tinha feito ele chegar ao limite. — Veremos — com a promessa velada, ela se virou e deixou o homem. . . . Ethan estava cercado, Miwa tinha convocado o pai e agora ele estava numa situação política complicada. O mês passaria e se ele não tivesse um acordo com outra mulher, seria obrigada pelo contrato que tinha assinado a casar com a mulher horrível que sorria vitoriosa a sua frente. Estava estressado e detestava os sorrisos velados que aquelas pessoas lhe davam, ciente de que tinham o prendido numa armadilha. Levou um susto quando a porta do salão abriu quase com violência e o conselho real veio de presa. — Mas o que tá acontecendo? — o rei Nirbat, pai de Miwa, reclamou, quase insultado, que em sua presença os súditos agissem com tamanho desrespeito. — Peço desculpas à majestade — o líder da comitiva, Jordan, se curvou quase que imediatamente. — Eu não desculpo, onde já se viu — o homem estava revoltado, tinha atrapalhado sua refeição. Ethan olhou do homem curvado até o rei pomposo. — Eu estava falando com o príncipe Ethan — Jordan despejou ácido. Ethan teve que esconder sua risada, era uma das coisas que gostava em Jordan, ele não abaixava a cabeça pra ninguém, nem mesmo para ele. — Levante-se Jordan, me diga o que está acontecendo — Ethan ignorou os protestos do homem ofendido pela resposta do súdito. — Encontraram meu rei — disse levantando, sorrindo olhando para o pai e filha que o olhavam desconfiado. — Encontraram quem? — quis saber, não entendendo o que aquilo significava. — 95% de compatibilidade, encontraram a mulher na Terra! O senhor tem um novo contrato. Olhando maravilhado nem se importou com a cena que Miwa estava montando naquele momento. Enfim, tinha esperança.Ethan deve ter desconfiado que algo não estava certo, quando se aproximou de Marina. Visivelmente, tinha algo de errado! Antes que ele tentasse entender o que houve, seu pai tinha ido a seu encontro.— Então essa é a futura imperatriz de Groop. — seu tom era avaliador, o que fez Marina se sentir um pouco desconfortável. — Porque ela ainda não tem nas mãos uma bebida? — agora ele falou sério para alguém, qualquer um, que pudesse ouvir. Num instante Marina tinha tantas opções que achou impossível, todos querendo agradar o imperador.— Muito prazer. — ela conseguiu falar, tentando se manter focada em conhecer o rei. Ele tomou sua mão, puxando-a um pouco mais próximo.— O prazer é meu, filha. Deixaremos Ethan falar com os amigos e vamos conversar melhor. Quero saber tudo sobre minha futura filha, mãe dos meus netos. — ele sorriu jovial, mas não havia dúvidas de que ele não estava indo para uma discussão.Ethan ainda sem entender, viu seu pai arrastar Marina para um conversa, deixando-o so
Ao andar pelo longo corredor com Ethan do seu lado aparecendo ligeiramente envergonhado e uma guarda costa silenciosa, Marina não pôde deixar de observar o quão diferente estava sua vida. Agora, naquele planeta, ela estava sozinha a mercê de um alienígena, que parecia totalmente adorável com a ideia, não tinha amigos por perto e estava indo para conviver com as mais variadas espécies, não era sua culpa se não tinham lhe preparado para a visão de um alienígena de um terceiro planeta, aliás haviam tantos… era isso: vida fora da Terra, não só em um planeta como se pensava depois de Pommer, mas sim em vários. A alienígena, Mei, não pareceu chocada que a mulher tivesse desmaiado por causa do choque de sua aparência, pelo contrário, achou que aquela era uma reação branda! Ela não falava muito e o único indicativo de que ela era mulher, era seu cabelo um pouco mais longo. Ela era alta, talvez um terço a mais da altura de Ethan, sua pele parecia pedra na cor âmbar e ela possuía quatro braços
Ao andar pelo longo corredor com Ethan do seu lado aparecendo ligeiramente envergonhado e uma guarda costa silenciosa, Marina não pôde deixar de observar o quão diferente estava sua vida. Agora, naquele planeta, ela estava sozinha a mercê de um alienígena, que parecia totalmente adorável com a ideia, não tinha amigos por perto e estava indo para conviver com as mais variadas espécies, não era sua culpa se não tinham lhe preparado para a visão de um alienígena de um terceiro planeta, aliás haviam tantos… era isso: vida fora da Terra, não só em um planeta como se pensava depois de Pommer, mas sim em vários. A alienígena, Mei, não pareceu chocada que a mulher tivesse desmaiado por causa do choque de sua aparência, pelo contrário, achou que aquela era uma reação branda! Ela não falava muito e o único indicativo de que ela era mulher, era seu cabelo um pouco mais longo. Ela era alta, talvez um terço a mais da altura de Ethan, sua pele parecia pedra na cor âmbar e ela possuía quatro braços
— Bem, eu estou feliz que agora teremos um tempo em seu planeta. Você gostaria de sair hoje e me apresentar algum local especial pra vocês. — eles tinham acabado de voltar daquela cerimônia bizarra.— Hum… eu acho… eu não sei… — ela parecia confusa.— Marina? É seu preconceito dizendo? Eu realmente gostaria que você pudesse me dar uma chance. — ele murmurou, a calda arrastando mais baixo que ela se lembrava, talvez ela associou aquilo a vergonha.— Uma chance? — questionou.— Bem, sim! Nós somos compatíveis afinal de contas. Gostaria que nossas impressões ou preconceitos não tomasse parte significativa dessa experiência. — ele falava sério.— Como você sabe? Quer dizer você teve tantas outras compatíveis antes… — ela começou.— Bem minha pequena, nunca senti isso. — ele murmurou dando de ombros.— Sentiu o que? — agora ela olhava de olhos arregalados pra ele.— Desejo! Não, de início… quando eu te vi, eu já te queria Marina. No meu planeta isso é mais importante que o amor. — ele murm
— Mãe? — Marina se assustou, sua mãe controladora tinha vindo na velocidade da luz até seu alojamento do nada?— Eu estava a dois quarteirões daqui, com um cliente, quando recebi uma ligação interessante do diretor da faculdade onde você frequenta e eu pago. — ela cruzou os braços. — Você malditamente não se inscreveu no fudido projeto Skyfall — ela gritou totalmente irritada.— Eu… — Marina não sabia o que dizer. Os outros ocupantes da sala estavam mudos observando a cena.— Eu… eu… — debochou — Você por acaso é burra? Sabe o que você fez com um ano da sua vida? Com um ano do meu dinheiro? Com a candidatura do seu padrasto? — agora a mulher tinha chegado a um novo nível de irritação. Ethan sentindo que sua companheira estava cada vez mais triste resolveu se apresentar.— Eu sou Ethan das casa dos Furg’s, próximo na linha de sucessão ao trono do meu planeta. Estou muito feliz com a iminente junção de nossas famílias. — ele foi firme. Sua feição séria, como se aquela mulher tiv
As coisas se tornaram confusas naquele momento. Era de fato estranho saber que elas estavam totalmente bêbadas, tinham cometido um ato tão sério quanto aquele. — Você pode nos explicar o que aconteceu, Jully? — Lais perguntou parecendo bem brava. Depois do desmaio de Marina, as coisas tinham se tornado confusas, uma aglomeração se formou, e por fim o diretor da faculdade veio intervir, levando todos eles para a secretaria. O homem alienígena tinha se mantido colado em Marina, rosnando para qualquer um que sugerisse que ele se afastasse da mulher. As amigas estavam em volta, mas ninguém tinha se atrevido a falar nada até aquele momento, quando o choque tinha sido substituído pela raiva. Ela sabia o que aquilo significava, suas vidas já não mais lhes pertenciam. A qualquer momento um alienígena, como aquele que agora orbitava dia amiga desmaiada. — E por que diabos você não nos contou antes?! — a mulher completou extremamente chateada. — Espera! Você está com raiva de mim? Ohh
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