Agatha.
Estava ciente de que, quando chegasse essa hora, eu iria sofrer, só não imaginei que seria tanto. Ver meu filho chorando e pedindo que não deixe o pai, um estranho que nunca o quis, levá-lo partia o meu coração. Mas eu não podia ir contra uma ordem judicial e impedir que ele ficasse com o menino. Mas se me negasse a deixar que Guilherme passasse o dia com nosso filho, ele iria direto para um juiz amigo seu e o faria me tirar a guarda do meu filho, alegando que eu estava fazendo alienação parental.
— Filha, nosso menino tem mesmo que ir com esse canalha? — Minha mãe sussurrou a pergunta.
— Sim, mãe, ele precisa ir, são ordens do juiz.
— Mamãe, eu não quero ir. — pediu Danilo, mais uma vez.
— Meu amor, — me abaixei, ficando na altura dele. — não posso impedir, um juiz decretou que você precisa ficar ao menos uma vez na semana com o seu pai.
— Ele não é meu pai. O vovô é meu pai!
— Deixe de birra, Danilo, — a voz grave e raivosa de Guilherme o fez se encolher. — Você já é grande p