Daniel amanheceu no seu escritório. Continuava com a porta fechada quando as crianças saíram para ir para a escola. Felizmente, Susan tinha-se negado a ir embora naquela noite. Esteve com as crianças no quarto de Ethan, sem sair, mas os gritos ouviram-se na mesma. Teve de conter Naomi e Jonathan, que se tinham assustado perante a voz dura do seu pai.
Ela conhecia-o, conhecia muito bem o seu irmão. Todo aquele muro de cimento e gelo que conformavam a sua couraça não era mais do que uma defesa para ele; por dentro estaria a decompor-se em pedaços. Antes de sair para a escola tentou mais uma vez bater à sua porta, mas não obteve resposta.
Ele ficaria ali até que não tivesse mais remédio senão voltar a enfrentar a realidade. O silêncio voltava a precipitar-se sobre aquela casa, mas desta vez sentir-se-ia mais pesado e fechado. Na sala tinham ficado os pedaços do aparelho e o anel no chão. Susan recolheu-os e guardou-os; eram símbolos de que Deanna já não estaria mais ali.
Ethan tinha opta