O dia estava tranquilo após a visita dos pais de Nicolas. A expressão de tristeza que vi no rosto dele me consumia. Ele sempre tentava esconder seus sentimentos, mas, de alguma forma, eu sabia que ele estava carregando um fardo que, mesmo não me sendo visível, era enorme. A perda da memória de sua mãe era algo que ele parecia não querer aceitar. E entendia. Como poderia alguém aceitar que a pessoa mais importante de sua vida, aquela que sempre esteve ali para ele, começasse a desaparecer, pouco a pouco, em sua própria mente?
Dei de ombros, tentando afastar os pensamentos pesados. Sabia que não adiantava me perder na angústia. Ethan estava brincando na sala de jogos como sempre.
Decidi ir atrás dele, sentindo que o dia estava se arrastando e que eu precisava dar atenção ao meu pequeno, que parecia estar precisando de algo que eu não conseguia identificar. Talvez fosse apenas uma simples conversa, um momento em que ele pudesse me perguntar sobre tudo o que estava acontecendo, sem eu t