Olívia Marques
A campainha do meu apartamento tocou duas vezes, e eu conferi pelo olho mágico antes de abrir a porta. David Lopes entrou sem ser convidado, como se fosse o dono do lugar. Estava vestindo um terno caro, mas desalinhado, e seu cabelo estava um pouco bagunçado, como se tivesse passado a noite em claro.
— Está atrasado — resmunguei, fechando a porta com um estalo.
Ele apenas sorriu de lado e se jogou no sofá da minha sala, cruzando as pernas.
— Você me chamou com urgência, querida. Achei que estivesse pegando fogo aqui.
— E deveria estar! — exclamei, cruzando os braços. — Onde está a próxima matéria? Você me prometeu que ia acabar com aquela professora de merda.
David suspirou, pegando o celular e deslizando o dedo pela tela.
— Pois é, prometi. Mas tem um pequeno detalhe… Não encontrei nada que a incrimine.
Meu sangue ferveu. Avancei na direção dele, segurando o braço da poltrona com força.
— Como assim, não encontrou nada?! O que diabos estou pagando para