Ravena
A lua cheia se ergueu sobre Northshore como um olho prateado que tudo via. Estávamos reunidos na Colina dos Ecos, onde a relva era alta e o vento corria como um lamento antigo entre as árvores negras. Os uivos distantes pareciam responder ao chamado do meu sangue.
Um a um, os lobos que eu havia marcado se aproximaram, seus olhos hora hesitantes, hora famintos, atentos e ansiosos como se já sentissem o que se aproximava.
Atrás de nós, o bosque exalava o perfume da terra úmida, das folhas velhas e da promessa de poder. À frente, o vale mergulhava em sombras ondulantes, como se aguardasse para receber novos predadores.
Eu sentia cada um deles. Seus corações pulsavam dentro do meu peito, suas dúvidas vibravam nos meus ossos. A marca que nos unia, minha marca ainda ecoava em suas peles, mas agora havia algo novo, a promessa de um destino diferente para quem estava ali.
E ao meu lado, discretamente fora de vista, eu sabia que três presenças nos observavam com atenção. Cyrus