Ravena
Acordei com o som de conversas sussurrantes. Abri os olhos buscando os donos das vozes desconhecidas, mas não encontrei ninguém. Os sussurros continuavam cada vez mais altos, gritos de mulher e uma criança chorando.
O som era insuportável, tapei meus ouvidos, cedendo no chão frio de madeira polida. O barulho em minha cabeça é insuportável, meus ouvidos doem a ponto de sangrarem.
Um silvo agudo como um apito se sobrepôs às vozes. Eu não consigo me mexer, com a cabeça entre meus joelhos eu supliquei para que aquilo parasse.
“Desperte Ahal... desperte e destrua tudo o que é profano...” A voz ficou totalmente nítida. Era feminina, clara e firme.
Meu coração estremeceu, e uma chama gélida percorreu meu corpo, me envolvendo lentamente, até que só restasse o silêncio, e o vazio.
- Ravena... Ravena se concentre na minha voz. – mãos macias seguravam os meus braços. – Pode me ouvir?
A imagem de Cyrus totalmente distorcida surgiu à minha frente, em seguida distingui sua voz, me chamand