E lá estava Emmy, vestindo sua roupa para se apresentar pela última vez no palco do teatro. Ela não fazia ideia do que haviam preparado para quem usasse aquela fantasia. Ela subiu ao palco, disposta a dar o seu melhor, pois seria sua última vez ali. No entanto, havia uma aposta, algo combinado de forma sórdida e mesquinha, que acabaram envolvendo Emmy e assim, de forma inesperada ela se viu em meio a um noivado com alguém que não conhecia e nem fazia ideia de quem seria. Em troca de manter o teatro aberto e funcionando, ela precisava decidir, afinal, não apenas a vida profissional dela estava em jogo, como a de todos os seus colegas de trabalho. E como situações ruins não acontecem de forma branda, ainda teria que encarar toda uma vida pela qual ela não estava preparada para viver.
Ler maisSuas botas de segunda faziam barulho, enquanto ela corria. A cada curva em um novo corredor da empresa o barulho fino e alto das solas dos calçados era ouvido. Ela estava atrasada para a peça primordial, aquela que a levaria ao seu tão sonhado sucesso, caso não a fizesse, estaria fadada ao fracasso para todo o sempre, era assim que se sentia diante da situação, pois havia sido avisada que aquela seria a última peça do ano, aquela onde haveria a seleção final.
Ser atriz era o sonho de Emmy desde a infância. Durante anos estudou tudo que podia para ser boa nos palcos e por trás das câmeras, por isso ela não mediria esforços para continuar com a carreira, por hora era atriz de teatro. Quase deslizando pelos corredores de forma nada elegante com suas botas, Emmy correu ao camarim torcendo para ainda ter tempo para vestir o figurino que havia sobrado, como estava atrasada não tinha mais direito de escolha, era pegar o que estivesse disponível.Passou pela porta do camarim que compartilhava com as outras colegas, o espaço compartilhava a parede com o camarim dos outros atores. O prédio não era pequeno, pois disponibiliza uma lanchonete, uma área para os atores, outra para os ajudantes de palco, para o CEO, a área fechada do palco, onde eram feitas as apresentações, dentre outros.Emmy largou suas coisas na bancada perto do espelho e correu para o fundo do camarim, onde encontrou apenas um lindo vestido azul-claro, ele era cheio de detalhes pequeninos que ela não podia se dá ao luxo de admirar agora, com o traje havia uma tiara, que mais parecia uma pequena coroa de brilhantes, e um salto médio semelhante ao de cristal da própria Cinderela. Esta foi sua vez de suspirar enquanto recolhia tudo para vestir na frente do espelho, pois, haviam cordões da mesma cor do tecido do vestido fazendo x nas costas dele, ela teria que encontrar um meio de entrar nele sem desmanchar aquilo, já não tinha ninguém para lhe ajudar a vestir, afinal, estava sozinha, todos estavam no palco apresentando suas peças separadamente. — Eu preferia a pequena sereia… Cinderela é o conto que eu menos vi! — suspirou frustrada. Emmy não gostava muito do conto da Cinderela, pensava que romantizar a realidade que é difícil em algo fantástico para alegrar as crianças e fazê-las sonhar com o príncipe encantado, não era a melhor forma de motivação. No entanto, não negava que em uma época de sua vida pensara sobre o conto como um sonho distante. — Que seja! Este será o meu papel hoje à noite, ser a melhor Cinderela. — disse a si mesma. Seus olhos brilharam em determinação, mas logo se apagou. — A mais atrapalhada, isso sim! Balançou a cabeça em negação. Deixando suas coisas sobre a poltrona enquanto tirava sua jaqueta de couro, da cor bege, com as demais roupas. — Não, eu vou dar o meu melhor! — comentou, tentando ser confiante, repetindo aquilo em sua mente, como um eco.Tirou sua bota de couro branca, jogando perto da poltrona, retirou a calça colada, também branca, jogando a mesma no braço do móvel, ficando apenas com suas peças íntimas, que também eram brancas. Rapidamente calçou os sapatos de falso cristal, desmanchou o coque bem feito que tinha na cabeça, deixando seus cabelos castanhos claros e lisos caíam pelas costas, logo em seguida passou o vestido por cima da cabeça com todo cuidado, se apertou para não forçar demais as costuras do vestido. Com muito cuidado e paciência conseguiu pôr os braços no lugar das mangas curtas e ajustou o vestido ao seu corpo. Retirou os cabelos de dentro do vestido e vestiu rapidamente as luvas nas mãos, luvas estas que iam até os cotovelos, acabando depois das suas dobras, elas também eram da mesma cor do vestido, um azul leve.Passou as mãos enluvadas rapidamente pela extensão da barra volumosa do vestido, pela segunda vez, e apressou o passo para arrumar seus cabelos e maquiagem. Fez outro coque agora um pouco mais baixo, este ficou quase na sua nuca e um pouco mais frouxo também. Emmy colocou a tiara na frente do coque a ajustando a ele, ela coube perfeitamente. — Pelo menos isso está dando certo! — Emmy quase sorriu, pegando a maquiagem em cima da bancada de mármore branco.Fez uma maquiagem simples. Apenas base, um pouco de pó, blush, batom vermelho opaco, lápis de olho e rímel. Assim que terminou, se olhou por dois segundos no espelho e constatou que seu brinco de falsa pérola combinava com o figurino. Segurou a barra do vestido o levantando na altura dos tornozelos, correu para fora do camarim.Assim que chegou perto dos colegas que faltavam se apresentar, ela soltou a barra do vestido, respirando ofegante pela corrida nos corredores do lugar para chegar ali. — Quem… é agora? — Emmy perguntou para seus colegas de trabalho, que estavam assistindo à peça da bela e a fera por trás das grandes cortinas vermelhas.Todos se voltaram para ela, olhando-a rapidamente, ela não ligava por estar sendo analisada, já que gostava daquele trabalho onde ganhava bastante atenção, além de está acostumada com os colegas. — A Cinderela apareceu! — um dos seus colegas ao seu lado, falou em alto tom, olhando para trás, onde estava o dono do projeto. O diretor e também CEO.Emmy olhou para trás vendo o diretor a olhar surpreso. Ela pensou que aquela surpresa fosse por ela estar ali, mas a realidade era por aparecer uma Cinderela naquela noite. Carlos Bayrec não acreditava que iria ganhar a aposta, estava desanimado há alguns minutos, mas agora o sorriso iluminava seu rosto como se ele estivesse olhando para uma montanha de ouro a sua frente, e talvez realmente fosse. Ele se apressou a escolher os príncipes para a Cinderela sem ao menos olhar. Emmy estranhou sua empolgação enquanto a mirava sem parar, com o maior sorriso que ela jamais vira em seu rosto antes. — Não posso ser o príncipe. — disse o jovem que ele escolheu. — Então você! Seja o príncipe! — ainda mantinha os olhos presos em Emmy.Naquela noite os raios brilhosos na tempestade brilhavam lá fora, silenciosos e assustadores pela intensidade que iluminavam os céus. Seus intensos piscar por entre as cortinas brancas e portas da varanda fizeram Emmy acordar durante a madrugada, ela se sentou devagar, notando o quão rápido eram os brilhos dos raios lá fora, que se repetiam periodicamente. Virou o rosto para o lado podendo agora observar Silas dormindo profundamente, dormia com o rosto meio virado para o lado direito, contrário a ela, com suas costas sobre o colchão macio.Emmy sentiu carinho pela imagem dos seus fios negros e lisos sobre a testa, eles estavam maiores que uma franja, mas aquilo só o deixava mais belo. Sentiu vontade de alisar seu rosto, ainda levantou a mão direita, com os dedos comichando, ela os apertou antes de tocá-lo, trazendo sua mão de volta para si. Decidiu deixá-lo dormir. Retirou o lençol branco, macio e frio de seu corpo que cobria apenas o quadril do marido.Pôs os pés para fora da cama, c
Antes...Os corredores estavam vazios, Emmy escutava o barulho de seu salto em todo lugar enquanto se dirigia a sala de seu marido, em plena dez horas da noite. Ele estava demorando mais do que o normal, então ela decidiu buscá-lo e fazer uma surpresa.Assim que chegou a porta, pôde ouvir vozes lá dentro, era a voz de Silas e uma mulher, cuja Emmy não reconhecia a voz. Franzindo o cenho, ela sentiu um pouco de amargura, quem estaria com o príncipe até aquela hora?— Acho que ela não vai gostar de saber que seu marido estar, até essa hora fora de casa, não acha? — perguntou a desconhecida. O som do sorriso dele foi divertido, enquanto o barulho de saltos soou para perto dele. — Ela sabe que tenho muitas coisas para resolver, além disso, a gente ainda não terminou aquela estória. — falou ele. Ela gargalhou, um som bonito antes de respondê-lo. — Ah! Silas. Não me ponha a prova. Emmy estava sendo corroída pelo ciúme, de que estória eles falavam, e por que apenas os dois estavam ali a
Ângela resistiu a curiosidade até escutar a voz de Emmy no banco de trás.— Josh, pode parar aqui! — Emmy pediu calmamente.Silas franziu o cenho confuso. Assim que o carro parou ela continuou.— Vocês podem pedir comida italiana? — Emmy pediu.Josh não reclamou, concordou e saiu do carro.— Ângela! Escolha o melhor prato para nós! — pediu novamente. Seu tom era simpático, até carinhoso, fazendo sua assistente entender o significado rapidamente.Não demorou nada para que Ângela saísse do veículo também. — Irei mandar para o apartamento, e... Obrigado, Lady Emmy. Vossa alteza…! — ela agradeceu, vendo Emmy sorrir e Silas amenizar o olhar, só então fechou a porta.Silas olhou para esposa interessado. — Um encontro? — Um encontro. Nós também precisamos de um! — falou ela, já deslizando para fora do banco de trás. Silas sorrir fazendo o mesmo após abrir a porta do carro, estava levemente surpreso, Emmy o impressionava cada dia mais. Sentando no banco do motorista, ele pôs o cinto mant
Às vezes ela esquecia que Ângela era sua assistente e não apenas uma amiga fofa. Suspirando puxou a pasta que Ângela pôs sobre a mesa, girou para si e abriu. Os planos dos próximos dias não eram nada bons para sua vida pessoal, todavia, para o profissional era perfeita… sem tempo livre, não que ela reclamasse de trabalho, mas agora realmente sentia falta do seu príncipe, bastava lembrar dele um momento se quer, que o resto parecia chato, os minutos se tornavam horas, as horas… um dia, o dia… parecia não ter fim. — Vamos acabar logo com isso! — bufou já sentindo seu espírito pesado. Este estava realmente entediado.Ângela ficou surpresa com sua reação após observar a sua agenda, entretanto reconheceu, ser princesa em tempo integral mesmo não estando com sua nação, sendo atriz e tendo que dividir a atenção do marido príncipe com todos, deveria ser desgastante.Ela sorrir querendo alegrar Emmy. — A vossa alteza gosta de roteiros, sim? — perguntou mesmo sabendo da resposta, aquilo fez
Emmy podia o observar a noite toda. Em meio ao seu desejo que ela tivesse uma boa noite, ele ainda agradeceu. — Pelo quê? — perguntou curiosa, surpresa até. Não seria ela que deveria agradecer?Emmy olhou em seus olhos entre abertos, viu um sorriso feliz começar a aparecer em seus lábios macios, antes dele responder. — Por aceitar aquela proposta louca… Por noivar antes de namorar, com um estranho. E... Por casar e fazer parte da minha vida. Por ser minha! — ele parecia ter confessado seus milhões de sentimentos em um só.Emmy estava espantosamente apaixonada, surpresa, amando e se derretendo por suas palavras, por ele.Silas fechou os olhos deixando seu sorriso sumir gradualmente quando vislumbrou sua felicidade. Seu encantamento. — Eu te amo! — ela conseguiu dizer antes que ele apagasse.Silas apertou seu corpo contra o dele em resposta e sentiu os lábios dela selando uma promessa silenciosa contra os dele, antes de apagar.***** Depois daquele dia Emmy jamais se opôs contra as
Silas quase grunhiu, fazendo Emmy sorrir entre seus lábios. Como punição ele apertou-a contra ele, colando seus lábios novamente, um beijo necessitado, ansioso. Suas mãos a apertaram enquanto desciam uma de cada vez pelas costas, até a dobra de seu joelho, eles pareciam fogo mesmo na água, ela não tinha mais certeza se água estava morna ou não.Alisando sua pele sem a mesma leveza de antes, parando para apertar todas as áreas, começando pela parte detrás de suas c**as, subindo devagar, enquanto seus dedos apertavam com a força necessária para fazê-la provar do próprio remédio. Ele apalpa suas n***gas com firmeza a fazendo g**er em sua boca, o som fora engolido por ele em meio aos beijos quentes. Ele deixa tudo para trás, pondo uma mão possessiva no meio de suas costas, enquanto a outra desliza por trás de seu pescoço, indo provocante até a raiz dos seus cabelos e voltando novamente, até em fim, seguir em frente e segurar na sua nuca, a apertando contra ele mais ainda, nem parecia po
Último capítulo