O sol ainda não havia despontado completamente no céu quando Lilly foi liberada do hospital. A cidade acordava em silêncio lá fora, enquanto James a ajudava com calma a se vestir, com movimentos atentos, porém contidos. Não falavam muito — havia algo de denso entre eles desde a madrugada anterior.
No carro, o clima permaneceu quieto. James mantinha os olhos na estrada, mas, de tempos em tempos, lançava rápidos olhares para ela, como se precisasse se assegurar de que estava mesmo bem. Lilly, com uma faixa discreta na testa e o braço apoiado por precaução, segurava o desconforto da dor física… e o outro tipo de dor, aquele mais difícil de curar.
Ao chegar à casa, foi surpreendida por Emily correndo pela sala ao vê-la entrar.
— Lilly! — gritou a menina, jogando-se com cuidado