Então o silêncio se instalou entre nós. Não era um silêncio qualquer — era denso, desconfortável, carregado de tudo que ainda não havia sido dito. Um silêncio que parecia gritar dentro da minha cabeça. O ar na sala estava pesado, e a tensão me dava calafrios. Eu estava prestes a anunciar que iria me recolher, quando ele quebrou o silêncio com a voz grave e baixa, porém firme:
— Anabelle... enquanto eu estiver fora, preciso que você me faça um favor. E, dessa vez, quero que você me obedeça.
Virei o rosto em sua direção, franzindo o cenho.
— Eu sempre obedeço — retruquei automaticamente, como uma defesa mal construída.