Capítulo 37

Então o silêncio se instalou entre nós. Não era um silêncio qualquer — era denso, desconfortável, carregado de tudo que ainda não havia sido dito. Um silêncio que parecia gritar dentro da minha cabeça. O ar na sala estava pesado, e a tensão me dava calafrios. Eu estava prestes a anunciar que iria me recolher, quando ele quebrou o silêncio com a voz grave e baixa, porém firme:

— Anabelle... enquanto eu estiver fora, preciso que você me faça um favor. E, dessa vez, quero que você me obedeça.

Virei o rosto em sua direção, franzindo o cenho.

— Eu sempre obedeço — retruquei automaticamente, como uma defesa mal construída.

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