Assim que entrei no meu apartamento, mal tive tempo de respirar. Jessica veio como um furacão desgovernado, disparando uma enxurrada de perguntas com os olhos arregalados de curiosidade e preocupação.
— E aí? Como foi? Você sobreviveu? Ele é mesmo tudo aquilo que dizem? As crianças são um pesadelo?
Mas eu não consegui responder nada.
Joguei minha bolsa em cima da mesa com um gesto automático e fui direto para o sofá. Minhas pernas estavam fracas, minha cabeça latejava, e tudo o que eu conseguia fazer era sentar, respirar fundo… e então, desabar.
As lágrimas vieram sem permissão, silenciosas no início, mas logo transbordaram com força, como um