Olívia
Subi as escadas da suíte, o coração pesado, os cabelos soltos ainda úmidos da brisa matinal que soprou enquanto conversava com Maya no pátio do hotel. O vestido azul simples, o mesmo que usei para procurar cursos dias atrás, parecia inadequado agora, como se eu estivesse tentando ser alguém que não era. Toquei o lenço na bolsa, sentindo o contorno do colar da minha mãe — o pingente de coração em prata, meu porto seguro, um lembrete da força que ela me ensinou a ter. Ao entrar na suíte, o aroma de café fresco misturado ao perfume de sândalo de Noah me envolveu, e meu rosto corou quando o vi, de pé, o terno desabotoado, os olhos castanhos fixos em mim com uma intensidade que fez meu estômago revirar.
— Bom dia! — Falei timidamente, a voz quase falhando, o peso da noite anterior — minha confissão, sua rejeição — ainda queimando no meu peito.
— Bom dia! Onde estava? — Ele perguntou, o tom carregado de curiosidade, os olhos estreitando como se tentasse ler meus pensamentos.
— Com M