Acho que a Emma se deu mal, lá a vejo indo embora apoiada por seu séquito de amigas, e cabe a mim fazer isso. Voltar para meu carro, aquele onde Jesus está me esperando dentro. Algo diferente acontece em nossa dinâmica. Sempre que viajamos juntos no meu carro, ao entrarmos, ele espera que eu entre para abrir a porta para mim, depois ele entra.
Eu não pedi, mas Jesus é tão ele que faz por vontade própria. Mesmo assim, hoje não é um desses dias. Infelizmente, ele está trancado no meu carro, devo imaginar que está passando mal. Tenho que bater no vidro para que ele me abra.
Ele termina de fazer isso, e eu de entrar ao seu lado. Quando entro, o vejo com um lenço de papel amassado na mão e a ponta do nariz vermelha.
— Desculpe por não tê-la visto, senhorita Sara, tenho alergia — ele diz.
Eu não acredito. Acho que o pobre estava chorando.
— Alergia? A que você é alérgico para não se submeter mais ao que quer que desencadeie sua alergia? — pergunto suavemente.
— A poeira, pólen, gatos e cacho