— Não tem graça — diz Lorenzo.
— Ninguém disse que tem. É que o riso é um efeito colateral do álcool — rio mais e olho para ele.
Nossos ombros estão se tocando, na verdade todo o lado direito do meu corpo está em contato com todo o lado esquerdo do corpo dele. Se sente natural, como antes da briga na minha casa.
— Ainda vai negar que te falta maturidade quando sua primeira reação foi nos esconder debaixo da cama? — ele pergunta, embora desta vez o faça em um tom nostálgico, acessível.
— Ah, era melhor que Amber, Ryan e Emma nos vissem discutindo sozinhos em um quarto. Isso seria melhor? — pergunto.
— O mais engraçado seria se eles pensassem como você e olhassem debaixo da cama — propõe divertido.
— Isso teria sido devastador — respondo igualmente divertida.
Ambos sorrimos, ele olhando para o chão e eu olhando para ele. Assim, de perto e na escuridão, me pergunto como posso consertar isso, como podemos voltar a ser como antes. Nunca tinha sido amiga de alguém por tanto tempo, Loren e eu