— Ele é... maravilhoso, tão atencioso, gentil e responsável. Nunca conheci um homem tão maduro nessa idade. Sou sortuda por ele ter se interessado por mim — continua Emma.
Eu forço um sorriso, meu pescoço dói de tanta tensão. Tento beber, mas minha bebida acabou, faço um sinal para o garçom mais próximo me trazer outra dose. Ele me entrega.
— Obrigada... — digo com a tensão ainda no pescoço.
— E o pedido de casamento. Você deveria ter estado lá. Foi ao entardecer, ele cobriu a areia com rosas e se ajoelhou na minha frente. Lindo, tão íntimo, só nós dois — continua.
Eu bebo mais. Não me reconheço, não sei quem sou neste momento.
— Parece... encantador — digo com o rosto doendo de tanto segurar o sorriso.
— Eu sei. Se você soubesse das conversas que temos sobre nossos futuros filhos...
Bebo mais, mais do que seria prudente. O celular de Emma toca, e ela me faz gestos de que precisa atender. Ela desaparece pelas portas que dão para o jardim. Eu peço outra taça, porque preciso.
— Quer venc