— Depois ele fez assim! Pá, bem na boca, vovozinho! — Leonora imita um golpe violento.
— E gritou AHHHHHHH! — continua Lucero, gesticulando o grito de maneira exagerada.
Tenho que olhar para meu filho que, após a calma resultante de alimentar seus pequenos, volta a parecer ele mesmo. Está rindo das travessuras de suas filhas.
— Assim você quer que sejam meninas tranquilas? Por que as deixa ver tantos filmes violentos? — pergunto a ele.
— O que mais podem assistir? Estou preparando-as para o mundo. Coloquei Leonora no karatê, ela tem talento — exclama orgulhoso — Quando estiverem maiores, colocarei Layla e Lucero no Taekwondo. Elas têm mais energia para gastar.
— Mais batata por favol, vovô — Layla estende seu prato e eu a sirvo. Me concentro no meu filho — Os atos têm consequências, estou te advertindo. Você não quer colocá-las na pintura ou natação?
— Para que vou colocar minhas filhas na pintura ou natação? Elas vão lutar com Picasso ou com a pequena sereia? Sempre digo a elas, lá fo