Então... escuto um estrondo grande e poderoso no salão.
É tão forte que acho que foi minha imaginação. O que não é minha imaginação é... o som do alarme de incêndio que começa a tocar. A partir daí, a desordem toma conta do salão. Rumores por todo lado, e pessoas querendo sair depressa.
— Agradecemos que saiam com calma pelas portas indicadas por nossas belas colaboradoras... — pede ao microfone o apresentador do início.
Um péssimo pressentimento fica preso no meu peito. Sinto que algo ruim está acontecendo e ao mesmo tempo não consigo me afastar da família de Luciano. Eles estarem aqui não é coincidência. É uma armadilha. Nós três estamos nos dirigindo para onde se concentra a multidão para sair do salão. Eu me obrigo a caminhar calmamente, para eles a desordem ao redor não os incomoda, parece um sábado qualquer do ano.
— Você vai procurá-los ou eu procuro quando sairmos? — pergunta Lemuel ao seu sobrinho.
— Nos separar será o melhor. Um procura meu tio, outro procura Luciano — respon