Este é um encontro interessante, é o que posso pensar ao reencontrar Julia depois de tantos anos. Lembro-me dela por sua voz grave e a intensidade de seus olhos felinos; se não fosse por essas características, não poderia reconhecê-la.
Parece diferente no geral graças ao conjunto de blazer e calça que usa, mais o rabo de cavalo que tem. Seu cabelo agora é castanho claro. Parece uma executiva que acabou de deixar seus filhos na aula de futebol. Não a mulher de quatro anos atrás com uma evidente paixão por couro.
— Como vai, Marianne? Quanto tempo se passou... — ela estende a mão.
Eu a pego e aperto. Lembro a mim mesma que nossas últimas interações foram "em bons termos", também que supostamente Luciano e ela não reataram. E mesmo que tenham feito isso, é ridículo fazer cobranças neste contexto.
— Então, esta é sua sobrinha... é um encanto — elogia ela a Amy, que se esconde atrás das minhas pernas.
— Ela é tímida com pessoas que não conhece... — explico.
— Eu também era quando pequena, e