Com a chegada de Luciano à sala de reuniões, o desconforto toma conta de Mateo. E seu desconforto faz com que ele não termine de me revelar o nome do acionista, tampouco termina de responder a Luciano. Num instante, Ernesto está de volta conosco argumentando que já precisam ir embora.
Com isso, ambos se despedem de mim apertando novamente nossas mãos, e da mesma forma têm que fazer com Luciano. Com Ernesto o aperto de mãos é normal, com Mateo não é. Vejo que ele aperta muito a mão dele, também vejo que lhe dedica um olhar de ameaça que até me dá medo. Luciano tinha olhos aterrorizantes quando se propunha a isso.
Ao ficarmos sozinhos, meu marido não perde tempo em falar.
—O que foi aquilo, Marianne? — pergunta me olhando com exigência.
—Meu trabalho? — respondo olhando para os lados.
—Não me parecia trabalho o que vocês falavam. Estavam muito próximos para considerar trabalho — comenta.
Pode ser que ao querer tirar informação de Mateo eu tenha me inclinado mais para ele, mas suas acusaç