É mais uma manhã sentindo que o mundo gira atrás das minhas pálpebras fechadas. Abro-as com dificuldade para que a luz aumente a dor de cabeça que tenho. Acordei em uma cama branca.
Minha boca tem uma sensação estranha dentro dela, por isso salivo e a abro para tirar um pedaço de pétala de rosa. Isso não só me intriga, mas me surpreende junto com as velas e a garrafa de champanhe lá na distância. Não é a única coisa distante, vejo meu vestido de noiva amassado jogado no chão.
Também ao baixar o olhar para meu corpo, começo a suar frio. Estou presa pelo abraço de um homem, e sem roupa, inclusive vejo um dos meus seios fora da proteção do lençol. Pouco a pouco vou girando meu pescoço para trás para encontrar meu flamante novo marido: Luciano.
Ele está nas mesmas condições que eu, nu, e me amaldiçoo mil vezes porque o que aconteceu aqui é muito evidente. Tão evidente quanto o fato de que não me lembro de como cheguei a este quarto. Tive minha segunda vez com Luciano e também não me lembro