Camila narrando:
Chegamos em casa já era tarde, o céu ainda escuro e o silêncio dominando tudo. As luzes da varanda apagadas, a casa tranquila… todo mundo tava dormindo. Graças a Deus.
Eu só queria silêncio, o conforto do nosso quarto, e o calor dos braços do Guilherme.
Entramos devagar, ele fechou a porta com cuidado, e fomos direto pro quarto. Assim que entrei, senti o cheiro familiar do nosso cantinho. Me deu um alívio tão grande, parecia que eu tinha voltado à vida.
Sentei na beirada da cama e olhei pra ele.
— Você contou o que aconteceu pra sua mãe? Ou pra Dona Maria? — perguntei baixinho, com medo até de acordar alguém com a minha voz.
— Não falei nada não, amor. — ele respondeu tirando o casaco e jogando de lado. — Amanhã a gente conta, com calma. Hoje você só vai descansar.
Ele veio até mim, me olhou com carinho e começou a tirar minha roupa devagar, com o maior cuidado do mundo. Como se cada botão fosse uma ferida sendo curada, cada peça removida com amor.
— Deita um pouquinh